O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta terça-feira (30), que a tradicional festa de réveillon da capital, na Avenida Paulista, está mantida
Redação Publicado em 30/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h00
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta terça-feira (30), que a tradicional festa de réveillon da capital, na Avenida Paulista, está mantida durante a pandemia do coronavírus. Ele também informou que a Secretaria Municipal da Saúde monitora o avanço da variante ômicron no mundo e que uma reunião está marcada com representantes da pasta para a próxima segunda-feira (6).
Em coletiva de imprensa no estádio do Pacaembu nesta manhã, o prefeito foi questionado se a festa de réveillon será suspensa, como na virada para 2021. Ele respondeu que a cidade de São Paulo vai continuar a seguir as orientações da Secretaria da Saúde.
Após repetirem a pergunta, Nunes disse que a festa, “na data de hoje, está mantida”.
“O que é importante dizer é que, se houver algum risco sanitário para a população de São Paulo, nós não teremos réveillon; agora, se não houver risco sanitário, a gente não tem por que antecipar ou tomar alguma atitude que não seja baseada na ciência, nas orientações da vigilância sanitária. A Prefeitura de São Paulo está muito tranquila”, afirmou o prefeito, acrescentando que “ficou para o dia 6 a resposta”.
“A Prefeitura de São Paulo, desde que começou a pandemia, não errou até agora. Sempre tomou atitudes que deram certo. E isso a gente precisa ter como referência e continuar na mesma linha, confiando na Secretaria de Saúde, e a população ter do prefeito a palavra e o compromisso: não tomarei nenhuma atitude para agradar A ou B, nenhuma atitude para ficar bem ou mal com ninguém. As ações da Prefeitura de São Paulo serão tomadas com base na Secretaria de Saúde”, completou.
O réveillon de 2021 foi cancelado pela gestão municipal por conta da pandemia. Já sobre a festa deste ano, o evento vinha sendo tratado como viável e condicionado ao “quadro epidemiológico da pandemia” desde julho, quando a ocupação dos leitos de UTI da capital estava em 62% e a população eletiva vacinada estava na casa dos 56%.
Até segunda-feira (29), a taxa de ocupação nas UTIs estava em 27%, e, na semana passada, a capital paulista ultrapassou a marca de 100% da população adulta com o esquema vacinal completo contra a Covid-19. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, contudo, a segunda dose foi aplicada em 56% do grupo.
Pelo país, prefeituras de ao menos 11 capitais brasileiras anunciaram cancelamento total ou parcial das festas de réveillon por conta da Covid: Campo Grande, Florianópolis, João Pessoa, Fortaleza, Palmas, Recife, Salvador, São Luís, Brasília, Aracaju e Belém.
O maior receio tem sido com a ômicron, definida pela Organização Muncial da Saúde (OMS) como uma “variante de preocupação”, embora ainda existam muitas dúvidas sobre o perigo real que ela representa.
Na segunda-feira, ministros da Saúde do G7, o grupo dos países mais desenvolvidos, disseram que a variante do coronavírus é altamente transmissível e requer ação urgente.
Primeira imagem da variante ômicron revela mais que o dobro de mutações que a delta
No mês passado, Nunes afirmou que o carnaval de 2022 não deve ter restrições sanitárias por causa da pandemia e a prefeitura chegou a estimar que o evento será o maior já realizado na cidade, com 15 milhões de pessoas.
As inscrições de blocos de rua para o carnaval já aconteceram, e a gestão municipal lançou um estudo apontando que a estratégia é organizar melhor os trajetos e bolsões, e a quantidade de grades, banheiros químicos, segurança e tendas de saúde e ambulância.
Enquanto isso, ao menos 71 cidades paulistas decidiram cancelar o evento em 2022, e o coordenador do Comitê Científico contra a Covid-19 do governo de São Paulo, Paulo Menezes, declarou que é “precoce pensar em uma situação de multidões nas ruas, com aglomeração, mesmo que seja daqui a três meses”.
Daniela Mercury no comendo do bloco ‘Pipoca da Rainha’ na Rua da Consolação, região central de São Paulo. — Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Sem vacinas, a virada para 2021 foi cancelada devido à pandemia do coronavírus e ao alto risco de transmissão da doença.
A prefeitura chegou anunciar uma versão virtual da festa, com shows e queima de fogos transmitidos pela internet.
No entanto, reconsiderou a decisão e também cancelou o evento online para dar exemplo e pedir que a população mantivesse o distanciamento social durante as festas de fim de ano.
No dia 1° de janeiro deste ano, a Avenida Paulista teve uma virada de ano diferente e ficou praticamente vazia, com tráfego liberado e apenas motoristas fazendo buzinaço à meia-noite.
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G1
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