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PF cumpre mandados em operação contra fraudes em contratos no Porto de Santos

A Polícia Federal em São Paulo deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a Operação Tritão, que apura suspeitas de fraude em licitação e corrupção em

PF cumpre mandados em operação contra fraudes em contratos no Porto de Santos
PF cumpre mandados em operação contra fraudes em contratos no Porto de Santos

Redação Publicado em 31/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h21


São sete mandados de prisão e 17 de busca e apreensão São Paulo, Santos, Barueri, Guarujá, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.

A Polícia Federal em São Paulo deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a Operação Tritão, que apura suspeitas de fraude em licitação e corrupção em contratos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal ligada ao Ministério dos Transportes, que administra o Porto de Santos.

Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em São Paulo, Santos, Barueri, Guarujá, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.

Participam da operação 100 policiais federais, oito auditores da CGU e 12 servidores da Receita Federal.

A Justiça Federal em Santos decretou a prisão temporária, por cinco dias, do diretor-presidente da Codesp, José Alex Oliva, de outros dois membros da cúpula da estatal, além de empresários e de um ex-funcionário da Codesp.

A investigação começou em 2017 e teve a participação do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Receita Federal.

Os investigadores analisaram contratos assinados pela Codesp em 2016 e encontraram irregularidades em três — para a digitalização e guarda de documentos; para aquisição de softwares e manutenção de computadores e de consultoria. Juntos, eles somam mais de R$ 37 milhões. Nas auditorias, técnicos da CGU e do TCU apontam diversas irregularidades, como fraude, favorecimento, superfaturamento e cartel entre empresas.

As suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na internet no mês de setembro de 2016, no qual um assessor do presidente da CODESP confessava a prática de diversos delitos ocorridos no âmbito daquela empresa. O inquérito teve início em novembro de 2017 após informação sobre o conteúdo do vídeo ser enviada pelo Ministério Público Federal à PF, para que fosse feita uma investigação policial a partir dos fatos que ele narra.

As investigações apontam irregularidades em vários contratos, que seriam realizadas por meio de fraudes envolvendo agentes públicos ligados à estatal e empresários. Contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços estão entre as irregularidades.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato, corrupção ativa e passiva, com penas de 1 a 12 anos de prisão.

O nome da operação policial remete a Tritão, na mitologia grega, conhecido como o rei dos mares.

G1 procurou a Codesp, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.

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