BRASÍLIA — O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou a intensidade das queimadas na Amazônia, ao comparar o que está acontecendo na região com os fogos que
Redação Publicado em 13/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h05
BRASÍLIA — O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou a intensidade das queimadas na Amazônia, ao comparar o que está acontecendo na região com os fogos que estão devastando as florestas dos Estados Unidos, devido à estiagem e aos fortes ventos. Em entrevista à CNN Brasil, neste sábado, Mourão afirmou que nem todos os focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e outras instituições significam incêndios.
— O que o Inpe acusa é o número de focos de calor, que nem sempre significam um incêndio. Qualquer evento acima de 47 graus sinaliza como foco de calor, como se eu acender uma fogueirinha. Temos que dar a devida proporção. É ilegal, temos que combater [as queimadas criminosas], mas não é um incêndio padrão Califórnia o que está acontecendo na Amazônia – afirmou.
De acordo com o Inpe, o número de focos de calor registrados na Amazônia entre 1º de janeiro e 9 de setembro deste ano é o maior para este período desde 2010. Em 2020, foram registradas 56.425 queimadas na região, um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia, disse que seu objetivo imediato é derrubar os índices de desmatamento ilegal. Para isso, estão sendo usadas as Forças Armadas. Ele destacou que as agências fiscalizadoras estão com seu efetivo reduzido.
— Coloco como meta final, até o fim do mandato, em 2022, o retorno aos níveis mínimos históricos dessas ilegalidades. Para isso, trabalhamos o tempo todo também em desenvolvimento, na regularização fundiária e nos incentivos a atividades econômicas dentro da Amazônia — disse.
Ele alegou que há um trabalho contra o Brasil e, em particular, contra o presidente Jair Bolsonaro, por três grupos que atacam o país. O primeiro deles, afirma, é formado por aqueles que perderam as eleições em 2018, ligados a dezenas de ONGs, que fazem oposição sistemática. O segundo seriam governos de países pressionados pelos agricultores que se sentem ameaçados pelo agronegócio brasileiro. O terceiro, os ambientalistas que, diz o vice-presidente, realmente acreditam que tudo isso está acontecendo.
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