Após passar a vida andando com canos e latas de conserva, a menina síria Maya Merhi, 8 anos, ganhou próteses em julho deste ano. E, finalmente neste dezembro,
Redação Publicado em 10/12/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h02
Após passar a vida andando com canos e latas de conserva, a menina síria Maya Merhi, 8 anos, ganhou próteses em julho deste ano. E, finalmente neste dezembro, a garota foi clicada brincando com outras crianças – usando as novas pernas.
Segundo a agência France Presse, Maya voltou sábado (8) para Serjilla, um campo para refugiados na Síria. Ela passou meses na Turquia para o tratamento que a permitiu andar com mais conforto.
“Eu fiquei tão feliz quando eu a vi andar assim”, disse Mohamed Merhi, pai de Maya.
Maya nasceu sem pernas por causa de uma má-formação congênita herdada do pai, que também ganhou próteses. “Toda família e nossos parentes estão felizes”, acrescentou Mohamed.
Até este ano, a menina tinha de se deslocar com uma prótese improvisada feita com latas de conserva pelo pai. Devido ao desgaste, substituía as latas uma vez por semana, e o plástico, uma vez ao mês.
O efeito provocado pelas imagens levou o Crescente Vermelho turco a levar Maya e seu pai para Istambul, onde um médico ortoprotésico que havia visto um vídeo nas redes sociais assumiu o custo das próteses.
Depois de cinco meses na Turquia para receber cuidados e aprender a usar as próteses, Maya Merhi voltou no sábado para o acampamento de Serjilla. Agora, anda pelos rochosos caminhos com tênis rosa, combinando com o casaco.
Menina síria Maya Merhi ganha próteses após andar com tocos de madeira — Foto: Aaref Watad/AFP
Originários da região de Aleppo, pai e filha tiveram de se deslocar para a província rebelde de Idlib quando os combates da guerra civil síria começaram a causar estragos cada vez mais perto.
Sentada em sua barraca, sobre um colchão colocado direto no chão, a menina retira e volta a colocar suas pernas artificiais, mostrando uma estrutura de plástico decorada com a bandeira turca.
“No início, era difícil se acostumar. Ela caminhava sobre latas de conserva e, de repente, se viu no alto das novas próteses”, conta seu tio Hussein Merhi, que os acompanhou na viagem à Turquia. “Ela caía, como uma criança pequena quando aprende a andar”, lembra.
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