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Médica, técnico de enfermagem, empresários e administradores se tornam réus pela morte de trans em incêndio em clínica de SP

Uma médica, um técnico em enfermagem, dois empresários e dois administradores se tornaram réus pela morte da cabeleireira transexual Lorena Batista

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Redação Publicado em 16/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h15


Uma médica, um técnico em enfermagem, dois empresários e dois administradores se tornaram réus pela morte da cabeleireira transexual Lorena Batista Muniz, ocorrido em fevereiro em São Paulo. A Justiça aceitou na última quinta-feira (12) a denúncia do Ministério Público (MP) contra as seis pessoas pelo crime de homicídio culposo, aquele no qual não há a intenção de se matar. Eles teriam sido negligentesimprudentes e imperitos no caso.

Lorena morreu asfixiada cinco dias depois de um incêndio na Clínica de Estética Saúde Aqui, em 17 de de fevereiro, no bairro da Liberdade, no Centro da capital paulista. Ela tinha 25 anos e faleceu em 21 de fevereiro após inalar fumaça tóxica e quente.

De acordo com o MP, as chamas foram causadas por um problema termoelétrico no sistema de ar comprimido dos cilindros de oxigênio da clínica, que explodiram. Segundo a acusação, funcionários não retiraram Lorena do local quando o fogo começou. Ela foi socorrida depois pelo Corpo de Bombeiros, mas já havia inalado bastante fumaça.

Antes disso, a paciente ficou sedada quando quando o incêndio atingiu a clínica. Lorena estava internada para uma cirurgia na qual colocaria implantes de silicones nos seios. Ela estava numa cama enquanto era preparada para a operação, que nem chegou a ocorrer.

Procurada nesta segunda-feira (16) pelo G1, a defesa dos réus informou que seus clientes são inocentes das acusações e não poderiam responder pela morte de Lorena na Justiça porque, além de “eles não terem responsabilidade pela morte dela, não existiu qualquer ligação destes com o resultado”.

“O que causou a morte de Lorena foi a inalação de fumaça tóxica e não outro motivo”, disse o advogado Daniel Bassani, que criticou a Polícia Civil por não ter investigado e responsabilizado outros órgãos pelo crime, segundo ele.

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G1

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