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Investigadores acreditam que Pezão usava recursos de contas de terceiros ou tem dinheiro vivo guardado

A Polícia Federal e a Receita Federal tentam encontrar parte dos recursos que teriam sido desviados pelo esquema de corrupção comandado pelo governador do

Investigadores acreditam que Pezão usava recursos de contas de terceiros ou tem dinheiro vivo guardado
Investigadores acreditam que Pezão usava recursos de contas de terceiros ou tem dinheiro vivo guardado

Redação Publicado em 03/12/2018, às 00h00 - Atualizado às 07h42


Governador do Estado do Rio de Janeiro foi preso na última quinta-feira (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial. Justiça derrubou neste fim de semana o sigilo do pedido de prisão.

A Polícia Federal e a Receita Federal tentam encontrar parte dos recursos que teriam sido desviados pelo esquema de corrupção comandado pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. A análise de duas contas bancárias mostra que ele quase não sacava dinheiro delas. Investigadores dizem que isso leva a crer que ele usava recursos financeiros de contas de terceiros ou que tenha muito dinheiro vivo guardado.

Ele foi preso na última quinta-feira (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do Executivo estadual. Ele segue preso na Unidade Prisional da Polícia Militar em Niterói, na Região Metropolitana do RJ. A Justiça derrubou neste fim de semana o sigilo do pedido de prisão do governador.

‘Documentação’

O doleiro Álvaro Novis, delator da Lava Jato, disse que entregou dinheiro para um assessor do governador Luiz Fernando Pezão, segundo o Ministério Público Federal. Em depoimento, ele disse que entregou dinheiro diretamente nas mãos de Luiz Carlos Vidal Barroso, o Luizinho, que trabalhava com Pezão e também está preso.

Para tentar provar o que contou na Justiça, Álvaro Novis entregou gravações das conversas entre um funcionário da corretora de valores dele e Luizinho, o assessor de Pezão. Em ligações, o funcionário diz a Luizinho que tem uma “documentação” para entregar. Segundo a investigação, este é o nome ao qual se referiam para falar sobre o dinheiro da propina.

O nome de Pezão aparece nas investigações desde o início da Lava Jato no Rio, de acordo com a PF. Mas era preciso apurar melhor esses supostos pagamentos. Os investigadores seguiram o caminho do dinheiro e concluíram que os repasses foram feitos em dinheiro vivo.

‘Big Foot’

Nas planilhas de Álvaro Novis, o governador é chamado de ‘Pé’, ‘Pé-grande’, ‘Big Foot’ e ‘Pezonne’. Ao lado dos codinomes, há valores entre R$ 50 mil e R$ 3 milhões.

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