O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou, nesta segunda-feira (4), a aplicar um questionário sobre a incidência de covid-19 na
Redação Publicado em 04/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 20h31
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou, nesta segunda-feira (4), a aplicar um questionário sobre a incidência de covid-19 na população. A pesquisa será feita por telefone, com 193,6 mil domicílios, distribuídos em 3.364 municípios de todos os estados. O trabalho será feito por 2 mil agentes do IBGE. Os detalhes da pesquisa foram divulgados durante coletiva de imprensa pela internet.
A amostra da nova pesquisa foi definida pelo IBGE utilizando a base de 211 mil domicílios que participaram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua no primeiro trimestre de 2019 e selecionou aqueles com número de telefone cadastrado.
Segundo o instituto, as entrevistas duram aproximadamente 10 minutos e os moradores que receberem o telefonema podem confirmar a identidade dos agentes de coleta por meio do site Respondendo ao IBGE ou do telefone 0800 721 8181, e informar matrícula, RG ou CPF do entrevistador. Os primeiros resultados têm divulgação prevista para maio, segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lucia Vieira.
“Nosso cronograma de coleta vai depender da extensão da pandemia, mas planejamos divulgar os resultados semanalmente, às sextas-feiras”, explicou. Segundo ela, os dados para Brasil e grandes regiões serão disponibilizados semanalmente, enquanto as informações por estado serão mensais.
Maria Lucia explicou que a PNAD-Covid está sendo feita pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, por telefone, para identificar pessoas que eventualmente tenham apresentado algum sintoma, mas sem procurar atendimento de saúde, ficando invisibilizados no sistema.
“Um dos objetivos é fazer o acompanhamento da população que apresentou algum sintoma da síndrome gripal, seja febre, dificuldade de respirar, dor, falta de paladar e olfato, e quantificar essas pessoas para que a gente tenha uma ideia do tamanho da população que teve esses sintomas e não procuraram atendimento médico, ficando fora dos registros do Ministério da Saúde”, explicou Maria Lucia.
Segundo ela, outra meta da pesquisa é mapear os efeitos do coronavírus sobre a dinâmica do mercado de trabalho. “Outro objetivo é tentar entender como a pandemia afetou o mercado de trabalho. Como afetou a ocupação das pessoas, quais foram os setores de atividades da economia que foram os mais atingidos, como as pessoas estão se adaptando quanto ao trabalho remoto”.
A coordenadora do IBGE destacou que uma das preocupações é quanto à segurança dos entrevistados, destacando que o pesquisador não fará perguntas sobre dados financeiros, como números de contas bancárias ou cartões de crédito, por exemplo.
“O entrevistador do IBGE, quando entrar em contato com o domicílio, vai se identificar, através do nome, matrícula e identidade. Essas informações podem ser verificadas no site do IBGE ou através do nosso telefone, 0800 721 8181. O morador pode solicitar que o pesquisador mande a foto do crachá dele pelo Whatsapp. A gente faz esse apelo, que a população atenda o IBGE, e responda, pois as informações são de extrema importância, para que a gente possa fazer esse acompanhamento. O IBGE não faz nenhuma pergunta sobre conta bancária, senha, nada que possa colocar a população em risco, em ter de golpes financeiros. As perguntas são sobre trabalho e saúde, apenas”, disse Maria Lúcia.
ABr
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