Esperado nesta quinta-feira (10) no Ministério Público para dar esclarecimentos sobre a movimentação financeira atípica de funcionários de seu gabinete na
Redação Publicado em 10/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 14h30
Esperado nesta quinta-feira (10) no Ministério Público para dar esclarecimentos sobre a movimentação financeira atípica de funcionários de seu gabinete na Alerj no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o deputado e senador eleito Flávio Bolsonaro não foi ao Ministério Público.
Na última terça-feira, familiares de Fabrício Queiroz, ex-motorista e assessor de Flávio e cuja movimentação financeira registrou R$1,2 milhão em sua conta, segundo o COAF, também não foram ao Ministério Público.
Em nota, o senador eleito afirma que foi notificado apenas na segunda-feira (7), e que tem todo o interesse em esclarecer o caso, apesar de não ser investigado por qualquer crime. Como portador de foro privilegiado, ele pode escolher data, horário e local.
“Como não sou investigado, ainda não tive acesso aos autos, já que fui notificado do convite do MP/RJ apenas no dia 7/Jan, às 12:19. No intuito de melhor ajudar a esclarecer os fatos, pedi agora uma cópia do mesmo para que eu tome ciência de seu inteiro teor. Ato contínuo, comprometo-me a agendar dia e horário para apresentar os esclarecimentos, devidamente fundamentados, ao MP/RJ para que não restem dúvidas sobre minha conduta. Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública”, diz a nota, que foi publicada nas redes sociais do senador eleito em 2018.
O documento do Coaf foi anexado à investigação que resultou na Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu dez deputados estaduais.
Além do gabinete de Flávio Bolsonaro, funcionários de outros 21 deputados também apareceram no relatório do Coaf. A movimentação financeira total entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, segundo o documento, foi de mais de R$ 207 milhões.
No total, foram identificados 75 servidores e ex- servidores da ALERJ que apresentaram movimentação financeira suspeita registrada em contas de suas titularidades.
Além disso, foram citados neste relatório outros 470 servidores e ex- servidores da assembleia na condição de remetentes ou destinatários de recursos.
Nesta terça-feira (8), familiares (mulher e as duas filhas) do ex-motorista e ex-assessor seriam ouvidos pelo Ministério Público do Estado do Rio, mas não compareceram ao encontro.
De acordo com o advogado de defesa da família, elas estão em São Paulo para acompanhar o pós-operatório da retirada de um tumor maligno a que Queiroz se submeteu no Hospital Albert Einstein.
Ao MP, a defesa do ex-assessor informou que “todas mudaram-se temporariamente para cidade de São Paulo, onde devem permanecer por tempo indeterminado e até o final do tratamento médico e quimioterápico necessários, uma vez que, como é cediço, seu estado de saúde demandará total apoio familiar”.
Em entrevista ao SBT no dia 26 de dezembro, Queirozdisse que parte de sua renda vinha da “venda e revenda de carros”.
‘Sou um cara de negócios’, disse o ex-assessor de Flávio Bolsonaro ao explicar movimentações ‘atípicas’ em um dos trechos da entrevista.
No dia seguinte, o MP-RJ informou que advogados do ex-assessor do deputado estadual e senador eleito, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, entregaram ao órgão atestados médicos comprovando “grave enfermidade do investigado”. O texto dizia que Queiroz iria fazer uma cirurgia urgente.
A cirurgia aconteceu no final de dezembro, segundo a defesa do ex-assessor. Fabrício Queiroz teve alta no início da tarde desta terça do Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. O advogado da família, na semana passada ele foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno no intestino.
De acordo com a assessoria do centro médico, Queiroz deu entrada em 30 de dezembro e teve alta às 12h20 de terça.
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