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Dodge opina pela aprovação com ressalvas das contas de campanha de Jair Bolsonaro

A procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, opinou pela aprovação com ressalvas das contas de campanha da chapa composta por Jair Bolsonaro (PSL) e Hamilton

Dodge opina pela aprovação com ressalvas das contas de campanha de Jair Bolsonaro
Dodge opina pela aprovação com ressalvas das contas de campanha de Jair Bolsonaro

Redação Publicado em 27/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h17


A procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, opinou pela aprovação com ressalvas das contas de campanha da chapa composta por Jair Bolsonaro (PSL) e Hamilton Mourão (PRTB) às eleições presidenciais de 2018.

O parecer foi enviado na segunda-feira (26) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e divulgado nesta terça (27).

A diplomação de Bolsonaro está marcada para o dia 10 de dezembro. Para que isso ocorra, o TSE precisa julgar as contas antes disso. A previsão é de que o caso seja analisado pelos ministros no próximo dia 4 de dezembro.

No último sábado, a área técnica do tribunal recomendou a aprovação com ressalvas das contas. O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, enviou o parecer para a PGR e solicitou manifestação sobre o processo.

Em seu parecer, a PGR afirma que foram constatadas irregularidades no valor de R$ 171 mil nas contas, o que representa 3,9% do total de gastos. Dodge ressalta no documento que a área técnica do TSE afirmou que as inconsistências encontradas não comprometem a regularidade das contas.

Os candidatos informaram ao TSE terem arrecadado R$ 4.390.140,36. Já o total de gastos declarados foi de R$ 2.456.215,03. Na análise técnica, foram apontadas irregularidades de R$ 113,2 mil nas receitas e de R$ 58,3 mil no total de gastos.

Para Dodge, houve boa-fé por parte dos candidatos, com a preservação do “princípio da transparência e do controle social quanto à identificação dos doadores”.

Ela diz ainda que as inconsistências têm natureza formal e não comprometem a confiabilidade das contas prestadas.

Sobre a possível existência de doadores desempregados, de doadores funcionários de uma mesma empresa privada e de doadores falecidos, a Procuradoria afirma que “tais indícios poderão ensejar apuração nas instâncias adequadas” e que os dados serão encaminhados a promotores para eventual investigação.

Em nota enviada no último sábado, a advogada Karina Kufa, responsável pelas contas eleitorais de Bolsonaro, disse que o parecer final está de acordo com o que esperava.

“Realmente acredito na aprovação pelos ministros sem ressalvas, dada a suficiente fundamentação nos três pontos em questão. As receitas e despesas foram acompanhadas com muito zelo, estando impecável a prestação das contas”, disse.

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