Sem dinheiro para editar e imprimir currículos, um trabalhador rural desempregado resolveu escrever à mão, em folhas de caderno, suas aptidões e entregar os bilhetes pedindo emprego em caixas de correio de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. Ele, que presta serviços como pedreiro, capinador e outros bicos, afirma que precisa de um trabalho fixo.
Marcos revelou, em entrevista à TV Anhanguera, que a última vez em que ele teve a carteira de trabalho assinada foi em 2016. Agora, ele vive uma rotina dividida entre as tarefas na chácara em que vive, na cidade, e bicos para os quais é eventualmente convidado a fazer.
“Graças a Deus e a minha avó, que Deus descansou, que sempre ensinou para o lado do trabalho e da honestidade. A minha esperança é poder achar uma vaga que encaixe nesta profissão que eu trabalho já tem mais de 20 anos”, desabafou.
O trabalhador fez os bilhetes, copiando várias vezes em folhas de caderno e anotando seus contatos, e os distribuiu em dezenas de casas de Senador Canedo. Agora, ele está na expectativa para ser chamado para ocupar alguma função.
![Marcos Reis escreve currículos à mão para entregar em Senador Canedo, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera](https://spdiario.com.br/media/uploads/legacy/6/2/f8ced6f42dcd01e046f1094e5e9deeca87cef369.jpg)
Marcos Reis escreve currículos à mão para entregar em Senador Canedo, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Pequenos empreendedores
Em uma realidade diferente da de Marcos, as irmãs Thaís e Thainara Alexandre Silva comemoram os rendimentos do empreendimento da duas. Elas abriram uma loja de bolos há um ano e, por dia, vendem 110 delícias. Elas fazem parte de 53% dos trabalhadores goianos que tiram o sustento da família por meio de pequenos negócios.
“Estamos achando bom por ser mais mulheres nesse mercado empreendedor e mostrar pro pessoal que é possível para todo mundo”, disse Thainara.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 5 anos, o número de mulheres que conseguiram emprego é 3 vezes maior do que o de homens. Os dados, de 2017, apontam que houve uma tímida recuperação dos empregos nestes últimos anos.
“Nós temos pessoas que estão empregadas, mas sem os direitos trabalhistas. O mercado de trabalho está se recuperando, mas ainda tem muito o que melhorar”, afirmou o superintendente do IBGE, Edson Roberto Vieira.
![Irmãs Thaís e Thainara lucram vendendo bolos, em Goiânia, Goia´s — Foto: Reprodução/TV Anhanguera](https://spdiario.com.br/media/uploads/legacy/7/e/0a0e941a3ba18ed4140d7bb0d79a20949079cf80.jpg)
Irmãs Thaís e Thainara lucram vendendo bolos, em Goiânia, Goia´s — Foto: Reprodução/TV Anhanguera