O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, iniciou, nesta quarta-feira (26), um novo ciclo para o tratamento de um câncer diagnosticado na região do estômago em
Redação Publicado em 27/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h58
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, iniciou, nesta quarta-feira (26), um novo ciclo para o tratamento de um câncer diagnosticado na região do estômago em outubro do ano passado. Covas vai realizar a imunoterapia, que consiste em infusões com medicamentos para potencializar o sistema imunológico.
“Os medicamentos procuram romper essa espécie de transe que o sistema imune se coloca de maneira que a imunidade do paciente possa identificar e atacar as células tumorais”, explicou o diretor do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, Artur Katz.
O tratamento continua sendo feito no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. A imunoterapia será realizada a cada três semanas, e cada infusão dura aproximadamente 30 minutos, sem a necessidade de internação hospitalar. A estimativa é que este ciclo se encerre em seis meses.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (27), a equipe médica do hospital informou que as sessões de quimioterapia, realizadas desde novembro do ano passado, foram eficientes, mas insuficientes.
“A quimioterapia foi extremamente eficiente, mas não foi suficiente, por isso a equipe médica optou pela imunoterapia e o prefeito Bruno Covas aceitou bem a indicação”, disse o diretor do Centro de Infectologia do Hospital Sírio-Libanês, David Uip.
“O tratamento planejado foi concluído e cumpriu o que deveria. Vimos nos exames de petscan, ressonância e endoscopia uma resposta importante, mas víamos consistência de anormalidades nas imagens na região dos linfonodos. Em função dessa persistência e como já havia cumprido tudo o que se esperava da quimioterapia, a opção foi iniciar a imunoterapia”, completou Katz.
Segundo a equipe médica, o estado clínico de Covas é muito bom. “Ele está com o estado geral muito bom. Como a quimioterapia pode baixar a imunidade, recomendamos que ele evitasse eventos públicos, mas, agora, com a imunoterapia poderá voltar, paulatinamente, à vida pública”, explicou o oncologista Tulio Pfiffer.
O médico ainda explicou que a imunoterapia tem muito menos efeitos adversos. “É um tratamento mais tranquilo, com menos efeitos colaterais e vai permitir que aos poucos retorne às atividades normais”.
ABr
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