A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais registrou queda real (descontada a inflação) de 17,68% em julho, na comparação com o mesmo
Redação Publicado em 20/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h13
A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais registrou queda real (descontada a inflação) de 17,68% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2019, e somou R$ 115,990 bilhões. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (20) pela Secretaria da Receita Federal.
Em julho de 2019, a arrecadação havia somado R$ 140,910 bilhões (corrigida pela inflação). De acordo com dados da Receita, o resultado de julho deste ano foi o pior para o mês desde 2009, considerando a correção pela inflação. Naquele momento, há 11 anos, o recolhimento foi de R$ 107,957 bilhões.
De acordo com números do órgão, apesar de o resultado ser o pior em 11 anos, a queda real registrada pela arrecadação em julho, de 17,68%, foi menor do que nos três meses anteriores. Em abril, maio e junho deste ano, respectivamente, o tombo da arrecadação, na comparação com os mesmos meses de 2019, foi de, respectivamente, 28,95%, 32,92% e de 29,59%.
O resultado da arrecadação de junho reflete os efeitos diretos da crise do coronavírus na economia. Com o nível de atividade em queda, o recolhimento de tributos também cai. Além disso, o governo federal adiou o prazo de recolhimento de impostos e reduziu a alíquota de alguns tributos. As mudanças visaram justamente a combater os efeitos da pandemia na economia brasileira.
No mês passado, porém, adiamento no recolhimento de tributos gerou um impacto pequeno, de R$ 516 milhões. Por outro lado, a zeragem da alíquota do IOF sobre crédito gerou uma perda de R$ 2,35 bilhões no período e houve um aumento de 95,83% no montante de compensações tributárias – que somaram R$ 9,15 bilhões em julho.
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, ainda de acordo com a Receita Federal, a arrecadação somou R$ 781,956 bilhões, com queda real de 15,16% frente ao mesmo período do ano passado.
Segundo o órgão, esse foi o pior resultado desde 2009, quando o primeiro semestre somou R$ 707,562 bilhões. Os valores foram corrigidos pela inflação.
De acordo com a Receita Federal, o resultado da arrecadação no acumulado deste ano também foi influenciado pelo adiamento no prazo do recolhimento de tributos – no valor de R$ 81,817 bilhões. Também houve um aumento de R$ 24,162 bilhões nas compensações tributárias e uma perda de R$ 8,618 bilhões com a zeragem da alíquota do IOF.
Confira, abaixo, as principais mudanças motivadas pela pandemia de Covid-19 na incidência e no recolhimento dos tributos:
Por G1
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