O presidente da Argentina, Alberto Fernández, pode anunciar ainda hoje (19) uma quarentena geral e obrigatória para todo o país. Caso a medida seja tomada, as
Redação Publicado em 19/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h04
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, pode anunciar ainda hoje (19) uma quarentena geral e obrigatória para todo o país. Caso a medida seja tomada, as pessoas não poderão sair de suas casas. Apenas supermercados, postos de gasolina, farmácias e hospitais seguiriam funcionando. A medida é para evitar uma forte subida na curva de contágio. Ontem (18) à noite,o país registrou a terceira morte de infectados pela doença. Já são 97 casos confirmados no país.
A decisão de Fernández – se declara a quarentena geral – será tomada hoje após uma reunião com os governadores do país, realizada na Casa Rosada, sede da presidência.
Em caso de quarentena geral, o governo já se prepara para garantir o acesso dos argentinos a alimentos e produtos de higiene e limpeza, por exemplo. Entre as ações de controle estariam o fechamento total das fronteiras e patrulhamento de ruas para evitar a circulação de pessoas.
A expectativa da população é saber quando a medida poderia entrar em vigor. De acordo com o jornal argentino La Nación, o governo avalia que poderia iniciar no dia 1º de abril, logo após o fim das primeiras medidas de isolamento parcial, que estão em vigor desde o dia 16 de março. Outra opção seria iniciar a quarentena geral no dia 24 de março.
Na mesa de discussão estaria ainda uma segunda proposta. Caso decida por não declarar a quarentena geral, Fernández poderia juntar os feriados de 2 abril (Dia das Malvinas) com o da Semana Santa e assim permitir que as pessoas fizessem um isolamento voluntário em suas casas, durante 12 dias.
A terceira vítima fatal da Covid-19 na Argentina foi um homem de 64 anos, contagiado pela mulher, que regressou de uma viagem à França no início do mês. Ele tinha diabetes e hipertensão. Foi diagnosticado com coronavírus no último dia 13 e estava internado em Buenos Aires.
Na Grande Buenos Aires, após uma determinação do governo de que os transportes públicos não podem levar passageiros em pé, para evitar o risco de contaminação, longas filas têm se formado. A determinação começou a valer de 12h de hoje e o número de trens também foi reduzido.
O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, disse que nos próximos dias o país deve entrar no estágio de circulação social. Este tipo de contaminação, chamado no Brasil de transmissão sustentada, ocorre quando não é mais possível vincular uma contaminação a alguém que contraiu o vírus fora do país e representa o estágio mais avançado de disseminação da doença.
ABr
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