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Após polêmicas, Mourão e Paulo Guedes alinham discurso para mercado na campanha de Bolsonaro

O general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), e o economista Paulo Guedes, mentor econômico da candidatura, se reuniram neste

Após polêmicas, Mourão e Paulo Guedes alinham discurso para mercado na campanha de Bolsonaro
Após polêmicas, Mourão e Paulo Guedes alinham discurso para mercado na campanha de Bolsonaro

Redação Publicado em 24/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h38


O general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), e o economista Paulo Guedes, mentor econômico da candidatura, se reuniram neste sábado (22), no Rio de Janeiro, para alinhar o discurso da campanha para setores do mercado, após a polêmica envolvendo a proposta de recriar a CPMF, ideia resgatada pelo economista.

“Foi uma conversa para nos conhecermos melhor. Nossa prioridade é discutir as reformas, fazer a economia girar. Discutir a reforma da Previdência, a tributária, estamos fazendo rodada de conversas com o mercado”, disse Mourão ao blog.

Ele afirmou que a questão da CPMF, imposto que incide sobre movimentação financeira, está “fora do pacote”. Perguntado se Guedes já tinha uma ideia de quais impostos seriam reduzidos num eventual governo Bolsonaro, Mourão diz que o economista ainda não o informou.

O blog perguntou se eles discutiram a proposta de Paulo Guedes de dar superpoderes a partidos na Câmara dos Deputados, como revelado pelo jornal “O Globo”. Pela ideia do economista, a vontade da maioria dos integrantes de uma sigla teria poder de direcionar todos os votos da bancada.

‘Mourão considera uma “boa ideia, razoavelmente lógica”, mas que disse a Guedes que, na atual conjuntura, com os mais de 30 partidos no Congresso, é praticamente “impossível” ela ser aprovada.

Para viabilizar a proposta, na avaliação do vice, só com a redução das legendas. “Defendo abertamente, Bolsonaro também. Se a gente quiser evoluir, teria de ter uma nova votação sobre a clausula de barreira”.

Ele afirmou também que Guedes explicou que a proposta teria uma espécie de “voto de discórdia”, mas Mourão não soube detalhar como seria este voto da bancada partidaria.

No encontro com Mourão e Guedes participou também o atual secretário estratégico do governo Temer, Hussein Kalout. Ele é tido como um dos “melhores quadros” do governo Temer pela equipe de Bolsonaro. A equipe do candidato do PSL defende que o secretário seja incorporado a um eventual governo Bolsonaro.

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