A Advocacia-Geral da União (AGU) fez, hoje (7), novo pedido ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que reveja sua decisão
Redação Publicado em 07/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 17h14
A Advocacia-Geral da União (AGU) fez, hoje (7), novo pedido ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que reveja sua decisão determinando que a gravação de uma reunião realizada no dia 22 de abril entre o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros e presidentes de bancos públicos seja enviada à Corte em 72 horas.
Na nova petição, o advogado-geral da União, José Levi do Amaral, solicita que o ministro também analise a possibilidade de entregar somente uma parte da gravação da reunião.
“A União vem, respeitosamente, nos autos do inquérito em epígrafe, diante do teor da decisão proferida por Vossa Excelência, em complementação à petição anteriormente aviada, rogar seja também avaliada a possibilidade de reconsiderar a ordem de entrega de cópia de eventuais registros audiovisuais de reunião presidencial ocorrida no dia 22 de abril de 2020, para que se restrinja apenas e tão-somente a eventuais elementos que sejam objeto do presente inquérito”, diz a petição.
Ontem (6), na primeira petição enviada ao STF, a AGU pediu que a entrega fosse revogada “pois nela foram tratados assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de Relações Exteriores, entre outros”.
No despacho proferido na terça-feira (5), Celso de Mello solicitou a cópia da gravação à Secretaria-Geral e à Secretaria de Comunicação da Presidência da República, ao atender o pedido de diligência feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que apura as declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF). A reunião foi citada por Moro em depoimento à PF na semana passada.
Desde a exoneração de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o presidente nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.
EBC
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