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56ª fase da Lava Jato apura superfaturamento na construção de sede da Petrobras em Salvador

A 56ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta sexta-feira (23), apura superfaturamento na construção da nova sede da Petrobras em Salvador (BA),

56ª fase da Lava Jato apura superfaturamento na construção de sede da Petrobras em Salvador
56ª fase da Lava Jato apura superfaturamento na construção de sede da Petrobras em Salvador

Redação Publicado em 23/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h13


Nova etapa ocorre nesta sexta-feira (23). São 68 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão temporária e oito de prisão preventiva.

A 56ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta sexta-feira (23), apura superfaturamento na construção da nova sede da Petrobras em Salvador (BA), de acordo com a Polícia Federal (PF).

Até o momento, seis pessoas foram presas em São Paulo.

G1 apurou que Marice Correa, cunhada do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto, foi presa temporariamente em São Paulo. Mario Cesar Suarez, da OAS, foi preso preventivamente na capital baiana.

Vagner Pinheiro Oliveira, ex-presidente da Petros e Correios, foi alvo de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

Os policiais federais estão nas ruas para cumprir os 68 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão temporária e oito de prisão preventiva – que é por tempo indeterminado. As ordens judiciais são cumpridas nos seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

56ª fase da Lava Jato apura superfaturamento na construção de sede da Petrobras na BA

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Os nomes dos demais alvos ainda não foram divulgados pela PF.

Conforme a PF, também houve superfaturamento nos contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia.

Os valores eram direcionados, segundo o PF, para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras, do PT e dirigentes da Petros.

G1 tenta contato com os citados.

Corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa estão entre os crimes investigados nesta fase.

Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba.

Como funcionava o esquema

Em resumo, de acordo com a PF, o Fundo Petrobras de Seguridade Social – Petros, mediante parceria com a Petrobras, investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por 30 anos.

Ainda conforme a PF, porém, com o direcionamento da execução das obras para uma empresa ligada e outras duas empreiteiras já conhecidas da Lava Jato, o valor da execução ficou muito acima do que deveria, assim como o valor de aluguel a ser pago.

Diante disso, ainda conforme a Polícia Federal, os investigados direcionavam parte dos valores obtidos para o pagamento das propinas, ocultando e dissimulando a origem deles.

As penas somadas podem chegar ao total de 50 anos de prisão e multa.

Esta fase da operação foi batizada de “Sem Fundos” por conta da perda do Fundo de Pensão da Petrobras e pelo fato de os crimes investigados parecerem revelar um “saco sem fundos”.

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