Pesquisadores apontam que os primeiros casos surgiram do contato dos trabalhadores com animais selvagens
Mateus Omena Publicado em 27/07/2022, às 17h44
Uma equipe de cientistas divulgou na terça-feira (26) dois estudos que indicam que o mercado de frutos do mar de Huanan em Wuhan, na China, foi provavelmente o epicentro do coronavírus. Os artigos foram publicados na revista científica Science.
A revelação ocorre um mês depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que os cientistas aumentassem os esforços para descobrir as origens do vírus que levou à pandemia de Covid-19, incluindo a suposição de um vazamento de laboratório.
Em um dos estudos, os pesquisadores usaram ferramentas de mapeamento e relatórios de mídia social para fazer uma análise espacial e ambiental. Os dados sugerem que, apesar de que as “circunstâncias exatas permaneçam obscuras”, o vírus provavelmente estava presente em animais vivos vendidos no mercado no final de 2019.
Acredita-se que os animais foram mantidos próximos e poderiam facilmente ter trocado bactérias entre si. Por outro lado, nenhum estudo pôde determinar quais espécies poderiam estar doentes.
Os artigos afirmam que os primeiros casos de Covid-19 estavam concentrados no mercado entre os trabalhadores que vendiam esses animais vivos ou clientes que compravam produtos do local.
Também há a possibilidade de terem existido dois vírus separados circulando entre os animais e que, posteriormente, se disseminaram para outras pessoas pelo contato.
“Todos os oito casos de Covid-19 detectados antes de 20 de dezembro eram do lado oeste do mercado, onde também eram vendidas espécies de mamíferos”, explica o estudo.
Outro ponto levantado pelos pesquisadores é a proximidade de cinco barracas que vendiam animais vivos ou recém-abatidos, o que contribuiu para a infecção de seres humanos por Covid.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas mapearam os primeiros casos que não tinham conexão com o mercado, incluindo as pessoas que viviam ou trabalhavam nas proximidades do local.
“Esta é uma indicação de que o vírus começou a se espalhar entre pessoas que trabalhavam no mercado, mas depois começou a rondar pela comunidade local circundante. Quando os vendedores entraram nas lojas locais, eles infectaram as pessoas que trabalhavam nesses estabelecimentos”, disse Michael Worobey, chefe de departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade do Arizona.
O segundo estudo adota uma abordagem molecular e indica quando as primeiras infecções por coronavírus passaram de animais para humanos.
A versão mais antiga do coronavírus, segundo a pesquisa, provavelmente veio em diferentes formas que os cientistas chamam de A e B. As linhagens foram o resultado de pelo menos dois eventos de transmissão entre espécies em humanos.
A primeira transmissão de animal para humano teria acontecido por volta de 18 de novembro de 2019 e partiu da linhagem B. Os pesquisadores identificaram o tipo de linhagem B apenas em pessoas que tinham uma conexão direta com o mercado de Huanan.
Por outro lado, os cientistas acreditam que os humanos se infectaram com a linhagem A a partir de um animal dentro de semanas ou mesmo dias após a infecção da linhagem B. A linhagem A foi encontrada em amostras de humanos que viveram ou permaneceram próximos ao comércio.
“Essas descobertas indicam que é improvável que o Sars-CoV-2 tenha circulado amplamente em humanos antes de novembro de 2019 e definem a estreita janela entre quando o Covid-19 saltou pela primeira vez para os humanos e quando os primeiros casos da doençaforam relatados”, aponta o estudo. “Tal como acontece com outros coronavírus, o surgimento do Sars-CoV-2 provavelmente resultou de vários eventos zoonóticos”.
Os cientistas envolvidos nos estudos, no primeiro momento, levaram em conta a chance do coronavírus ter se espalhado após vazamento de laboratório. Mas, após as investigações e mapeamento da área do epicentro, descartaram essa hipótese e concluíram que o problema começou a partir das condições do comércio de animais selvagens.
Diante das descobertas, os cientistas esperam atenuar as chances de novas pandemias, por meio da identificação do animal que pode ter sido o primeiro infectado. Assim, eles também esperam entender como ele adquiriu o vírus.
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