A esporotricose, é uma micose que provoca lesões na pele e é causada por fungo
Ana Rodrigues Publicado em 17/10/2023, às 12h07
A esporotricose, é uma micose que provoca lesões na pele e é causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, e vem avançando em alguns estados do Brasil, além dos casos registrados na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e no Chile.
Segundo o Viva Bem do UOL, a doença é classificada como zoonose e segundo o infectologista Flávio Telles, coordenador do do Comitê de Cicotologia da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), ela segue descontrolada.
Além do fungo citado acima, outro causador da doença é o Sporothrix schenckii, que é encontrado em plantas, palhas, fragmentos de vegetais e fibras, vitimando agricultores e demais trabalhadores rurais.
Atualmente, no Brasil, 90% [dos casos] é pelo brasiliensis, a transmissão felina. Cachorros e humanos não transmitem, só gatos", reforçou Telles, em entrevista à Folha de S.Paulo.
A doença já estava chamando a atenção da comunidade científca devido à alta nos casos registrados pelo Brasil. Em 10 anos, houve um aumento de 162% na taxa de contaminação no estado do Rio de Janeiro: de 579 em 2013 o número saltou para 1.518 (2022), segundo o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
Os casos em menores de 15 anos aumentaram de 26 em 2013, para 196 em 2022, um aumento de 653%. Mas, os números já estavam crescendo em outros estados no final de maio, como São Paulo e Minas Gerais.
Porém, não é possível saber com exatidão esses números, já que, em nível nacional, a esporotricose não é uma doença de notificação compulsória — quando confirmada, o profissional que diagnosticou precisa avisar a Secretaria de Saúde do município, que envia os dados ao Ministério da Saúde —, apenas em alguns municípios e estados que adotaram a obrigatoriedade da notificação, como é o caso do Mato Grosso do Sul.
A esporotricose é uma doença causada por fungos da família Sporothrix, que são encontrados na natureza, em materiais orgânicos como espinhos, farpas, gravetos, plantas, terra, palha e madeira. E, para que haja essa contaminação, é preciso ter contato com esses materiais e se lesionar, causando a perfuração da pele.
Cães e gatos podem desenvolver a enfermidade, entretanto, só os felinos podem infectar humanos, por meio de arranhões, mordidas ou gotículas de espirro, por isso é considerada uma zoonose. Uma pessoa não transmite para a outra.
Os sintomas podem ser uma ferida que não cicatriza e aumenta de tamanho. Ou uma bolinha vermelha, que na sequência apresenta um pontinho de pus, tipo espinha, e a partir daí se forma uma úlcera que pode alargar de tamanho. Ou gânglios periféricos que seguem o caminho linfático. Esses sinais podem surgir na área do corpo que teve contato com o material contaminado, por isso é mais comum nas mãos, pés, abdômen e rosto.
Pessoas com o sistema imunológico comprometido por doenças autoimunes podem desenvolver formas mais severas — quando a esporotricose pode acabar alcançando partes do corpo como pulmões e ossos.
Especialistas ainda alertam que é preciso uma atenção especial ao aumento de casos em crianças porque, geralmente, elas ficam mais próximas dos gatos, abraçam, dão beijos. O aumento dos casos em crianças mostra o descontrole do espalhamento da doença. O tratamento da esporotricose em crianças também é mais delicado, pois as doses das medicações variam com o peso e existem poucas opções no mercado para os pequenos.
O tratamento consiste em medicação antifúngica via oral por no mínimo 3 meses, mas o uso pode se estender por mais de um ano —para obter sucesso, ele não pode ser abandonado. E embora a esporotricose não seja considerada grave, não cuidar pode comprometer ainda mais o organismo, levando a óbito.
A melhor maneira de evitar a contaminação em meio à natureza é não ter contato direto com materiais orgânicos onde o fungo pode estar.
Nos felinos, os sintomas mais comuns são feridas profundas na pele, geralmente com pus, que não cicatrizam e espirros frequentes. Médicos veterinários dizem que esta é uma doença preocupante, principalmente por causa de gatos de rua, ou não, que acabam tendo o fungo. Às vezes, o dono acha que é só uma ferida de briga quando o gato é semi-domiciliado ou tem acesso livre a rua, e pode passar a mão, mas o alerta é válido porque a esporotricose é uma doença profunda que causa muita dor.
Sempre bom reforçar, que em hipótese alguma o seu animal de estimação deve ser abandonado ou sacrificado. Assim como nos humanos, também há cura para eles.
Todo animal com suspeita da doença, precisa ser isolado das pessoas e dos outros animais. As manifestações mais observadas no gato são feridas localizadas na face, especialmente no focinho, orelhas e patas, embora possam estar localizadas em qualquer parte do corpo do animal.
Também pode haver áreas de alopecia (sem pelo). O uso de luvas é recomendado. Ele deverá ser levado ao veterinário para a confirmação do diagnóstico e tratamento. Uma vez confirmada a doença, o animal deve ser separado do convívio das pessoas da residência, principalmente de crianças, e recolhido em um local seguro.
Seus utensílios, brinquedos e outros objetos precisam ser lavados com água e sabão e desinfetados diariamente. Em caso de morte do animal, ele não deverá ser enterrado ou jogado no lixo, e sim encaminhado ao veterinário para cremação o mais rápido possível.
Os locais onde o animal habitava precisam ser descontaminados, preferencialmente com hipoclorito de sódio.
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