Ministério da Saúde alerta para emergência em saúde pública e antecipa vacinação em algumas regiões
Marina Milani Publicado em 08/02/2024, às 08h12
O Brasil enfrenta uma crise de saúde pública com a proliferação alarmante de casos de dengue em 2024. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, já são 392.724 casos prováveis da doença apenas nos primeiros meses deste ano, com um registro preocupante de 54 mortes confirmadas e outros 273 óbitos em investigação para determinar a ligação com a dengue.
O panorama epidemiológico revela uma incidência maior entre a população feminina, representando 54,9% dos casos, enquanto os homens somam 45,1%. Um ponto de destaque é a concentração significativa de casos, com mais de 143,2 mil ocorrências prováveis, entre indivíduos com idade entre 30 e 49 anos.
A situação atingiu níveis críticos em diversos estados do país, levando pelo menos quatro deles – Acre, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal – a declararem estado de emergência em saúde pública. O município do Rio de Janeiro também enfrenta uma situação similar, decretando emergência diante do avanço da doença.
Estima-se que o Brasil poderá registrar mais de 4,1 milhões de casos de dengue ao longo do ano, caso medidas eficazes não sejam tomadas para conter a disseminação do vírus.
Minas Gerais lidera o ranking dos estados mais afetados, com 135.716 casos prováveis, seguido por São Paulo (61.873), Distrito Federal (48.657), Paraná (44.200) e Rio de Janeiro (28.327). Ao analisar o coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, o Distrito Federal destaca-se com uma taxa de 1.727,2 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (660,8) e o Acre (539,1).
Diante da gravidade da situação, o Distrito Federal anunciou a antecipação da campanha de vacinação para esta sexta-feira (9), com a expectativa de imunizar a população e conter o avanço da doença. Um total de 194 mil doses da vacina serão disponibilizadas para a capital federal.
A estratégia de vacinação estende-se a 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, abrangendo 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a dengue. Serão priorizados crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que apresenta um elevado índice de hospitalizações relacionadas à doença, ficando atrás apenas dos idosos nesse aspecto.
Em um pronunciamento recente, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo à população, destacando a importância de medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito transmissor dentro das residências. A ministra ressaltou que 75% dos focos do mosquito estão localizados em áreas residenciais, enfatizando a necessidade de cooperação de todos para combater a doença.
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