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Bebê que nasceu de mãe com morte cerebral não tem previsão de alta

Ainda não há previsão de alta para o bebê que nasceu, na noite desta quinta-feira, 44 dias após sua mãe, uma adolescente de 17 anos, sofrer morte cerebral, em

Bebê que nasceu de mãe com morte cerebral não tem previsão de alta
Bebê que nasceu de mãe com morte cerebral não tem previsão de alta

Redação Publicado em 19/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 12h30


Ainda não há previsão de alta para o bebê que nasceu, na noite desta quinta-feira, 44 dias após sua mãe, uma adolescente de 17 anos, sofrer morte cerebral, em Colatina, no Espírito Santo. A pequena, que deve se chamar Vitória Manuela, nasceu de uma cesariana, depois de 30 semanas e dois dias de gestação. Por ser prematura, ela foi encaminhada para uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. As informações foram divulgadas, nesta sexta-feira, pela assessoria de comunicação do Hospital Materindade São José, onde a menina recebe os cuidados médicos.

Ainda de acordo com a unidade, após o parto, como a família optou por não doar os órgãos de Rosiele Ferreira Onofre Pires, de 17 anos, ela foi “desligada” dos aparelhos que a mantiveram “viva” para que a filha pudesse nascer.

Leia, na íntegra, a nota divulgada pelo hospital:

“O Hospital Maternidade São José informa que o bebê da paciente Rosiele Ferreira Onofre Pires nasceu às 22h35 do dia 18 de Agosto de 2016. A equipe realizou uma cesariana com sucesso e a menina, pesando 1.110 gramas, com 30 semanas e dois dias, foi encaminhada aos cuidados dos médicos da UTI Neonatal para assistência respiratória devido à prematuridade. A mãe, que deu entrada no HMSJ com quadro de morte cerebral, ficou mantida por aparelhos durante 44 dias. Após o procedimento, cessaram-se os esforços de manutenção da mãe, já que houve negativa familiar quanto à doação de órgãos.

De acordo com o médico intensivista Rodrigo Figueiredo, responsável pela UTI do HMSJ, o procedimento foi necessário devido a uma súbita mudança no organismo da mãe que levou a instabilidade hemodinâmica.

Esse é o primeiro caso na história do Espírito Santo no qual uma mãe com quadro de morte cerebral foi mantida por aparelhos para que o parto fosse realizado”.

Rosiele havia passado mal em casa e foi socorrida por parentes que a levaram para o hospital, quando foi anunciada a morte cerebral.

Ainda de acordo com informações de funcionários do hospital, parentes de Rosiele já se encontram na unidade para tratar da remoção do corpo da jovem. Ainda não há informações sobre o funeral dela.

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