Guia também ajuda a reconhecer a prática
Marina Roveda Publicado em 26/07/2022, às 14h33
A Rede de Ação Política pela sustentabilidade (Raps), lançou nesta terça-feira (26) um Guia Prático para Mulheres na Política.
Assédio, ameaças, silenciamento, intimidação, menos recursos para campanha, deslegitimação são algumas queixas das mulheres que fazem política.
O informativo da Raps expõe depoimentos e orientações para que esses casos sejam reconhecidos como violência, denunciados com base na Lei 14.192 e ganhem repercussão na sociedade.
Mônica Sodré, diretora executiva da Raps, explica que “um aspecto essencial é o fato de que a desigualdade entre homens e mulheres é uma questão de direitos humanos e a violência política contra as mulheres precisa ser encarada como uma ameaça à democracia”.
Quase 52% dos eleitores brasileiros são mulheres, mas nas eleições de 2020, foram apenas 12% entre prefeitos eleitos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Isso não tem a ver com falta de vontade, nem falta de desejo ou capacidade”, critica.
Além de orientações sobre como reconhecer, reunir provas e denunciar, a publicação também traz um mapa com indicações sobre redes de apoio e autocuidado. “Denunciar é importante, mas a gente sabe que nem sempre é possível, e nem sempre é fácil, então a gente aponta ali um conjunto de caminhos, que podem fazer parte dessa trilha e podem complementar o aspecto da denúncia”, explica Mônica.
Em 2020, a Raps forneceu apoio psicológico gratuito para todas as prefeitas ligadas à entidade.
Fora a cota definida na eleição para a participação do gênero feminino, outras duas leis (14.192 e a 14.197) trouxeram um olhar singular para violência política e de gênero.
Mônica explica que “a primeira combate a violência política contra a mulher com foco especial nas campanhas e nos mandatos, e a segunda adiciona ao Código Penalo crime de violência política, e é previsto de três a seis anos de reclusão para o agressor, multa e também a pena correspondente à violência.”
Para ela, as normas são um avanço, mas outras ações são necessárias, dentre elas, está a educação para a equidade. “Em segundo, mudanças estruturais, as mulheres precisam estar nos postos de tomada de decisão, e isso é tarefa de todo mundo”, propõe.
Em terceiro, a diretora da Raps cita o respeito e encaminhamento de denúnciasfeitas pelas mulheres. Em quarto lugar, ter uma rede que permita a denúncia e também a punição. “É muito comum que uma mulher, ao fazer um boletim de ocorrência de uma violência sofrida tenha o boletim lavrado como um episódio de calúnia, de difamação”, cita.
Leia também
Após deixar casa de Madonna, filho da artista sobrevive buscando restos de comida
Suposto vídeo de Mel Maia fazendo sexo com traficante cai na rede e atriz se manifesta
Marcelo Lima cresce e amplia vantagem em São Bernardo
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Descriminalização da maconha no STF: relação milenar com a planta sofre preconceito e desinformação até no século XXI
Twisters supera expectativas e bate recorde no cinema de desastre
Tiroteio em avenida famosa gera pânico e leva motoristas a se jogarem no chão; veja o vídeo
Beneficiários do Bolsa Família com NIS final 3 recebem hoje
Felipe Neto e Gil do Vigor ajudam ator que teve fetiche por fezes exposto na internet
Thiaguinho revela planos para o futuro e agradece apoio de Fernanda Souza