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Presidente diz que novas demarcações podem inviabilizar agronegócio

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que o resultado do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do marco temporal para demarcações de terras

Presidente diz que novas demarcações podem inviabilizar agronegócio
Presidente diz que novas demarcações podem inviabilizar agronegócio

Redação Publicado em 16/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 06h38


Bolsonaro comentou o julgamento do marco temporal

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que o resultado do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do marco temporal para demarcações de terras indígenas poderá inviabilizar o agronegócio no país. Segundo ele, caso o STF permita o reconhecimento de novas áreas de ocupação tradicional indígena após 1988, a decisão “simplesmente enterra o Brasil”. Presidente diz que novas demarcações podem inviabilizar agronegócioPresidente diz que novas demarcações podem inviabilizar agronegócio

“Nós sabemos que, se perdermos, eu vou ter que tomar uma decisão. Porque eu entendo que esse novo marco temporal simplesmente enterra o Brasil. Tem coisas que são óbvias, e a gente não consegue entender porque certas pessoas agem de maneira contra sua pátria, são coisas inacreditáveis”, disse o presidente no evento Moderniza Brasil – Ambiente de Negócios, organizado pelo governo federal e realizado na sede Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O STF retomou no final de agosto o julgamento do marco temporal para demarcações de terras indígenas. A Corte julga o processo sobre a disputa pela posse da Terra Indígena Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani. O processo tem a chamada repercussão geral. Isso significa que a decisão que for tomada servirá de baliza para outros casos semelhantes que forem decididos em todo o Judiciário.

Os ministros do STF votam se os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. O resultado está em 1 a 1: o ministro Nunes Marques votou a favor da tese. Já o ministro Edson Fachin manifestou-se contra o marco temporal. Em setembro, o ministro Alexandre de Moraes fez um pedido de vista sobre a ação e não há prazo para retomada do julgamento.

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Agência Brasil

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