Diário de São Paulo
Siga-nos
Impasse Político

Negociações com Centrão podem afetar aliados na reestruturação dos Ministérios

Presidente busca expandir base governista e facilitar votações no Legislativo

Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Divulgação / RICARDO STUCKERD / PRESIDÊNCIA DO BRASIL
Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Divulgação / RICARDO STUCKERD / PRESIDÊNCIA DO BRASIL

Marina Roveda Publicado em 20/07/2023, às 08h02


Com a nomeação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA), o Palácio do Planalto inicia o processo de negociações para uma minirreforma na Esplanada dos Ministérios, com o objetivo de expandir sua base governista e facilitar as votações no Legislativo.

O ministro das Relações Internacionais, Alexandre Padilha, realizou reuniões com os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), indicados por seus partidos, PP e Republicanos, para compor o governo. Embora a entrada desses parlamentares seja esperada, o presidente Luiz Inácio Lulada Silva enfrenta um impasse ao definir a distribuição dos representantes do Centrão em pastas ministeriais. Exceto o Ministério da Saúde, sob a liderança de Nísia Trindade, todas as demais pastas estão em aberto para possíveis negociações.

Nos bastidores, aliados de Lula esperam que partidos como PSB, PCdoB e até mesmo membros do PT sejam afetados pelas mudanças. Contudo, a decisão final sobre as alterações deve ocorrer após o retorno de Lula ao Brasil, a partir da próxima sexta-feira (21). O próprio presidente enfatizou que é ele quem oferece ministérios, não sendo os partidos que demandam pastas específicas. O Centrão busca ministérios com orçamentos robustos, influência em prefeituras e governos estaduais, além da capacidade de executar obras significativas em redutos eleitorais.

Além do Ministério da Saúde, outra pasta reivindicada é a do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família. As negociações também mencionam outros destinos possíveis para os deputados Fufuca e Costa Filho, como os ministérios de Esportes, Ciência, Tecnologia e Inovação, Portos e Aeroportos, e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Cada uma dessas alternativas apresenta seus desafios para Lula, considerando questões como representatividade, equilíbrio de gênero, influência partidária e relações com o setor empresarial.

A presidência da Caixa Econômica Federal e da Embratur também estão incluídas na lista de negociações em meio a esse cenário político em Brasília. A partir das próximas semanas, as decisões e acordos estabelecidos poderão definir o rumo da composição ministerial e a consolidação da base governista para a governabilidade do presidente Lula.

Compartilhe  

últimas notícias