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VENDA DE HABEAS CORPUS

Moro quebra o silêncio e se pronuncia sobre pedido de prisão

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, apresentou uma denúncia contra o Sergio Moro depois que este foi gravado insinuando que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, estaria disposto a vender habeas corpus

SERGIO MORO. - Imagem: Reprodução | Twitter - Eraldo Peres
SERGIO MORO. - Imagem: Reprodução | Twitter - Eraldo Peres

Marina Roveda Publicado em 18/04/2023, às 08h41


O senador Sergio Moro, do partido União Brasil-PR, fez uma declaração na noite de segunda-feira (17), para comentar o pedido de prisão feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) depois que um vídeo viralizou nas redes sociais em que o congressista sugere que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, venderia habeas corpus

Lamento que o procurador-geral da República veja com tanta facilidade a possibilidade de denunciar um senado da República e pedir sua prisão. Não creio que esse seja o Brasil que queremos caminhar”, disse Moro acrescentando que o vídeo em questão é composto de fragmentos editados e manipulados e que não há qualquer acusação contra o ministro Gilmar Mendes. Ele explicou que suas falas foram descontextualizadas para falsamente colocá-lo como alguém contrário ao STFou ao ministro, o que nunca foi. Moro criticou também o governo federal e sua tentativa de cercear a liberdade de expressão.

A declaração do senador ocorre após Lindôra Araújo, vice-procuradora-geral da República, protocolar uma denúncia contra Moro por "manifestação caluniosa" contra o decano da Suprema Corte. Durante a campanha, o então candidato ao Senado Federal foi flagrado fazendo uma piada sobre a suposta comercialização de habeas corpus do ministro. Segundo a vice-procuradora-geral, Moro afirmou falsamente que Gilmar Mendes negocia a compra e venda de decisões judiciais para a concessão de habeas corpus. Araújo destacou que houve uma clara intenção de manchar a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando desacreditar sua atuação como magistrado da mais alta corte do país.

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