CPI do 8 de janeiro é adiada: Congresso não decide vagas dos partidos e investigação pode ser comprometida

A instalação da CPImista dos atos golpistas de 8 de janeiro será adiada devido à falta de acordo na distribuição de vagas entre os partidos. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), estima que a comissão só começará a funcionar na segunda quinzena de maio. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) da oposição, confirmou o adiamento, mas parlamentares da oposição pressionam por uma decisão sobre as vagas e o início dos trabalhos.

Os senadores da base buscam um acordo para deixar a presidência da CPMIcom o Senado e a relatoria com a Câmara. Os nomes cotados para liderar o colegiado são dos senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM). No entanto, houve questionamento por parte do líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), sobre o número de vagas que o bloco do PL terá direito. O grupo formado por PL e Novo deve ficar com duas vagas para senadores, das 16 reservadas, mas Marinho argumenta que o bloco deveria ter três cadeiras.

A regra da proporcionalidade estabelece que os blocos de partidos do governono Senado ficarão com 12 vagas e os de siglas da oposição com 4 cadeiras. A expectativa era de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondesse ao pedido de Marinho, mas isso não ocorreu.

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Senadores da base do governo avaliam que a comissão "perdeu força" e que a oposição pode desistir da comissão já que será minoria. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi contrário à CPI mista, mas acabou cedendo diante da pressão dos parlamentares bolsonaristas. Randolfe afirmou que a instalação deve ser adiada por mais duas semanas e que o regimento é claro, portanto o pedido de ordem não tem razão para ser feito.