Diário de São Paulo
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Ativista do feminismo quer vaga na “bancada do batom”

Enfrentar a violência contra a mulher é uma das metas da candidata a deputada federal Marta Lívia, de São Paulo. Em visita à redação do BOM DIA, ela revelou

Ativista do feminismo quer vaga na “bancada do batom”
Ativista do feminismo quer vaga na “bancada do batom”

Redação Publicado em 22/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h30


A violência contra mulheres evangélicas é um dado que preocupa a candidata; ela defende políticas mais justas de combate á violência doméstica

Enfrentar a violência contra a mulher é uma das metas da candidata a deputada federal Marta Lívia, de São Paulo. Em visita à redação do BOM DIA, ela revelou que está indignada com a política de proteção à mulher desenvolvida hoje. “Como pode uma Delegacia da Mulher atender até às 18?”, questiona. Filiada ao MDB, Marta pretende chegar à Câmara dos deputados para reforçar a “bancada do batom”.

Para Marta Lívia, é preciso uma série de mudanças na política de proteção à mulher. Envolvida na causa feminina há décadas, a candidata acredita que é possível desenvolver politicas que protejam a mulher da violência doméstica. Um ponto tratado com atenção por Marta é sobre o atendimento dispensado à mulher na hora em que ela mais precisa. “As perguntas feitas pelos funcionários da Delegacia constrangem mais que a própria agressão sofrida”

Segundo Marta, as mulheres reclamam dos questionamentos a que são submetidas durante o registro de seus casos. Ela diz que as perguntas feitas, “inibem muito mais”. Marta afirma que há casos em que a mulher, mesmo vitima de violência “é questionada sobre o que ela teria feito ao agressor”.  Para ela, esta situação precisa ser mudada.

“SANTA” VIOLÊNCIA –  Outro dado que preocupa a candidata é o índice de violência contra mulheres evangélicas. Segundo dados da pesquisa da Universidade Mackenzie, pelo menos 40% das mulheres que sofrem agressões domésticas são evangélicas. Nas igrejas, o tema é tratado com descaso. Segundo levantamento da teóloga Valéria Vilhena, em geral os líderes religiosos jogam o problema “nas mãos de Deus”.

Marta Lívia disse que é preciso integração entre as mulheres evangélicas e os órgãos de defesa da mulher. Ela quer chamar a atenção de líderes como pastores, pastoras, que dirigem igrejas para conscientização sobre a necessidade de atendimento a essas mulheres. Segundo Valéria Vilhena revelou em entrevista ao portal Uol, há casos em que pastores espancam suas mulheres. Marta Lívia entra pela primeira vez na disputa eleitoral.

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