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Eleições 2022

Apesar da proibição, outdoors bolsonaristas que ligam esquerda a crimes se espalham pelo país

Os painéis desse tipo foram denunciados à Justiça Eleitoral em pelo menos 8 estados brasileiros

Outdoors pró-Bolsonaro e que associam esquerda a crimes são instalados pelo país - Imagem: reprodução Twitter
Outdoors pró-Bolsonaro e que associam esquerda a crimes são instalados pelo país - Imagem: reprodução Twitter

Vitória Tedeschi Publicado em 05/09/2022, às 17h37


Outdoors pró-Bolsonaro que associam a esquerda a o ex-presidente Lula (PT) a crimes e termos como "censura", "crime organizado", "drogas" e "aborto"continuam a ser espalhados pelo país, apesar de serem proibidos.

Uma lei (nº 9.504/97) veda a propaganda eleitoral em outdoors, inclusive eletrônicos. Sendo assim, os responsáveis pela instalação e os beneficiários da propaganda podem ser obrigados a fazer a retirada imediata dos painéis irregulares e a pagar multa de R$ 5 mil a R$ 15 mil.

No entanto, a proibição não impediu que painéis desse tipo fossem espalhados pelo Brasil. De acordo com reportagem do G1, estes outdoors foram denunciados à Justiça Eleitoral em ao menos 8 estados: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

As artes dos outdoors seguem um padrão: de um lado, a foto do presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhada de termos considerados positivos pelos autores, como "povo armado", "vida", "valores cristãos" e "liberdade".

Já na outra metade do painel, uma foto de Lula ou símbolos ligados à esquerda, como a foice e o martelo, associados a termos como "povo desarmado", "aborto", "ideologia de gênero" e "censura". Em geral, a comparação é acompanhada por expressões como "você decide" ou "a escolha é sua".

Os responsáveis pelas peças que foram identificados afirmam que costumam se organizar em grupos em redes sociais e promover “vaquinhas” para financiar os painéis. Alguns deles são ou já foram filiados a partidos políticos, e dizem que os painéis foram encomendados de forma espontânea e não fazem parte de ação coordenada.

Artes como estas já eram comuns nas redes sociais, veja:

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