O promotor da Infância e Juventude de São José do Rio Preto (SP), André Luís Souza, afirmou que não há mais como algum suspeito tentar coagir a menor que diz ter sido explorada sexualmente por uma aliciadora em Ipiguá (SP). A menor chegou a dizer que foi ameaçada e que ofereceram R$ 5 mil para ela tirar nomes de suspeitos e desistir da denúncia.
De acordo com o Ministério Público, a próxima vez que ela deverá ser ouvida agora será pela Justiça da Infância e Juventude. A Polícia Civil e o promotor já tomaram os depoimentos dela e não tem como mudar a versão. “No momento que o delegado concluir o inquérito e se for oferecido denúncia, nós seguiremos o mesmo modelo. Então haverá representação tanto na Vara da Infância quanto na Vara Criminal”, diz o promotor.
A exploração sexual
A promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto e a Polícia Civil estão investigando o caso de exploração sexual à menina de 13 anos em Ipiguá. Segundo a adolescente, os encontros eram marcados pelo celular da aliciadora, que seria Sílvia Melo. A maioria dos encontros teriam acontecido em um motel às margens da BR-153, entre Onda Verde (SP) e Ipiguá.
(Foto: Reprodução/TV TEM)
A jovem conta que a mãe usa drogas e a expulsou de casa no começo do ano. Por isso, foi morar na casa do namorado, em Ipiguá, cidade com cerca de 5 mil habitantes. Mesmo com o fim do relacionamento, ela continuou na casa, mas foi obrigada pela mulher a fazer programas como forma de pagamento pela moradia.
Lista de ‘clientes’
Segundo as investigações, a lista dos supostos homens que pagaram para abusar sexualmente da adolescente tem nomes de médico, advogado, empresário, político e funcionário público.
O juiz da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, disse que pedirá a prisão de quem tentar obstruir a investigação. “Muito importante dizer que se houver manifestação dos suspeitos em chegar perto da menina, vamos entender como ameaça à investigação porque o caso é sério. A medida cabível de quem obstruir a investigação será a prisão”, afirma.