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Violência contra crianças

Professor é preso por estuprar alunas de escola municipal por quase 10 anos

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil

Os crimes aconteceram em uma escola de Goiás - Imagem: Freepik
Os crimes aconteceram em uma escola de Goiás - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 21/10/2022, às 10h53


Um professor foi presona última quarta-feira (18) por suspeita de estuprar alunas de uma escola municipal. O homem foi detido cinco meses após o início das investigações contra ele, denunciado em maio pelo Conselho Tutelar após o relato de três vítimas.

O episódio aconteceu na Escola Prof. Sebastião Rodrigues de Oliveira, localizada em Caldazinha, em Goiás.

A Polícia Civil de Goiás informou que o professor abusava de sua “autoridade” como docente nas dependências do colégio para praticar "reiteradamente, diversos atos libidinosos contra suas alunas, consistentes em acariciar seios, nádegas, pernas e coxas e forçá-las a sentar em seu colo, sobre sua região genital, com finalidade libidinosa".

As investigações estão sob o comando da delegada Gabriela Moura, da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher). Em entrevista ao portal UOL, ela explicou que as primeiras denúncias ocorreram após uma palestra de educação sexual realizada na escola.

Cerca de cinco vítimas buscaram ajuda de uma psicóloga especializada e o conjunto de provas levou ao pedido de prisão preventiva do homem. "Ele não confessou o crime. Alegou que as acusações decorrem de perseguições que ele vem sofrendo", disse a delegada Gabriela.

Por outro lado, o número de vítimas aumentou, após a polícia divulgar a foto do professor nas redes sociais nesta semana em busca de novas alunas que foram atacadas por ele. Mais de 10 responsáveis por crianças apareceram desde a publicação para fazer denúncias contra o suspeito, disse o Conselho Tutelar. Todas as vítimas tinham, na época dos abusos, entre 9 e 11 anos.

A delegada Gabriela também informou que o homem dava aula na escola desde 2005 e os relatos mais antigos protocolados pela polícia têm oito anos.

"Já ouvimos vítimas do ano de 2014 e 2015, mas temos então a informação de que os fatos ocorrem há muito tempo e contra várias vítimas", disse.

E acrescentou: "Sabemos que muita gente já procurou o conselho tutelar dizendo que também foi vítima, mas ainda não veio à delegacia, então é difícil a gente precisar um número de vítimas, mas, de fato, depois que publicamos a foto dele, nós conseguimos ampliar o alcance e encorajar mais vítimas".

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