Diário de São Paulo
Siga-nos
Revelações

Policial Militar que matou colegas tinha laudo que exigia afastamento: caos poderia ter sido evitado?

A tragédia aconteceu neste domingo (14), no Dia das Mães

Um laudo de afastamento em 15 dias foi entregue três dias antes do ataque do policial na Delegacia Regional de Camocim (CE). - Imagem: reprodução I Metrópoles
Um laudo de afastamento em 15 dias foi entregue três dias antes do ataque do policial na Delegacia Regional de Camocim (CE). - Imagem: reprodução I Metrópoles

Juliane Moreti Publicado em 15/05/2023, às 16h17


Na madrugada deste domingo (14), um policial militar matou 4 colegas de trabalho por volta das 9h dentro da delegacia, no interior do Ceará. Um laudo de afastamento em 15 dias foi entregue três dias antes do ataque.

As vítimas não resistiram após a invasão do homem na Delegacia de Camocim (CE) que atirou contra os profissionais e figiu em uma viatura da unidade.

De acordo com informações do portal Metrópoles, um documento escrito a mão pela psicóloga Aline Spindola, no dia 11 de maio, pedia um afastamento do policial.

O profissional tinha sintomas como insônia, desânimo, dificuldade de concentração e instabilidade emcional, por isso, tinha direito de ter 15 dias de descanso. 

Um outro laudo parecido, assinado pela psicóloga Cicera Eliane em junho do ano passado, a profissional disse que não houve contribuição amparo necessário para ''preservar a integridade física e psicológica do envolvido''.

Diante disso, o que dá a entender é que o policial enfretava problemas psicológicos comprovados há anos, mas continuava trabalhando mesmo com um laudo de descanso apresentado. 

A segunda psicóloga, portanto, deixou claro que não existiu um ''amparo jurídico necessário'' para solucionar o problema, nem uma ''contribuição suficiente'' para o caso, que se tornou pior em maio de 2023.

Compartilhe  

últimas notícias