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Polícia ouve mulher suspeita de aliciar menor em Ipiguá

A Polícia Civil ouviu nesta quarta-feira (24) mais duas pessoas suspeitas de envolvimento no caso de exploração sexual da adolescente de 13 anos em Ipiguá

Polícia ouve mulher suspeita de aliciar menor em Ipiguá
Polícia ouve mulher suspeita de aliciar menor em Ipiguá

Redação Publicado em 24/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 22h06


Além da mulher, um advogado também foi ouvido em Rio Preto (SP).
Menor teria denunciado os dois ao Ministério Público.

De acordo com a polícia, os dois fazem parte da lista de nomes que foram citados pela menor na denúncia feita ao Ministério Público no mês passado. Segundo a polícia, os suspeitos negaram as acusações.

Os celulares do advogado e da mulher foram apreendidos e serão encaminhados para a perícia. A polícia agora pretende pedir a quebra de sigilo de todos os envolvidos. Ao todo, 11 pessoas já foram ouvidas sobre o caso. A polícia ainda não tem data para terminar o inquérito.

A exploração sexual
A promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto e a Polícia Civil estão investigando o caso de exploração sexual à menina de 13 anos em Ipiguá. Segundo a adolescente, os encontros eram marcados pelo celular da aliciadora, que seria Sílvia Melo. A maioria dos encontros teriam acontecido em um motel às margens da BR-153, entre Onda Verde (SP) e Ipiguá.

A jovem conta que a mãe usa drogas e a expulsou de casa no começo do ano. Por isso, foi morar na casa do namorado, em Ipiguá, cidade com cerca de 5 mil habitantes. Mesmo com o fim do relacionamento, ela continuou na casa, mas foi obrigada pela mulher a fazer programas como forma de pagamento pela moradia.

Lista de ‘clientes’
Segundo as investigações, a lista dos supostos homens que pagaram para abusar sexualmente da adolescente tem nomes de médico, advogado, empresário, político e funcionário público.

O juiz  da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, disse que pedirá a prisão de quem tentar obstruir a investigação. “Muito importante dizer que se houver manifestação dos suspeitos em chegar perto da menina, vamos entender como ameaça à investigação porque o caso é sério. A medida cabível de quem obstruir a investigação será a prisão”, afirma. Durante depoimento, a menor disse para a polícia que um dos clientes teria oferecido R$ 5 mil para ela retirar a denúncia.

Menor disse que teve de se prostituir para ficar na casa (Foto: Reprodução/ TV TEM)Menor disse que teve de se prostituir para ficar na casa (Foto: Reprodução/ TV TEM)
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