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Polícia de SP procura atirador esportivo suspeito de falsificar documentos do Exército para vender armas a traficantes

A Polícia Civil de São Paulo procura um atirador esportivo suspeito de falsificar documentos para comprar fuzis que eram revendidos para criminosos. Três

Polícia de SP procura atirador esportivo suspeito de falsificar documentos do Exército para vender armas a traficantes
Polícia de SP procura atirador esportivo suspeito de falsificar documentos do Exército para vender armas a traficantes

Redação Publicado em 19/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h21


A Polícia Civil de São Paulo procura um atirador esportivo suspeito de falsificar documentos para comprar fuzis que eram revendidos para criminosos. Três pessoas foram presas na manhã desta segunda-feira (19) suspeitas de participarem do esquema.

Um arsenal com dez fuzis que haviam sido comprados no mercado formal foi apreendido após os policiais conseguirem desviar o endereço de entrega para uma delegacia em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

A investigação começou quando a polícia recebeu um vídeo, gravado em abril na Zona Sul de São Paulo, em que dois homens aparecem armados com fuzis em um carro e ameaçam um morador. No meio da rua residencial, os dois rapazes disparam para o alto.

Um deles é Vanderson Oliveira Cardoso. Segundo a polícia, ele é um atirador esportivo que falsificou documentos e passou a traficar armas. Por ordem da Justiça, a polícia tentou prender Vanderson nesta manhã, mas ele não foi encontrado.

O outro homem que aparece no vídeo é Douglas Silva Santos, que foi preso nesta segunda. A mulher de Vanderson e outro suspeito de emprestar o nome para a compra ilegal de armas também foram presos.

Segundo a polícia, Vanderson enganava a Taurus, fabricante de armas, e o Exército brasileiro, responsável por fiscalizar qualquer negócio com armamentos.

Vanderson Oliveira Cardoso, segundo a polícia, é um atirador esportivo que falsificou documentos e passou a traficar armas. — Foto: Reprodução/TV Globo
Vanderson Oliveira Cardoso, segundo a polícia, é um atirador esportivo que falsificou documentos e passou a traficar armas. — Foto: Reprodução/TV Globo

A investigação apontou que as armas foram negociadas entre os meses de abril e maio. No primeiro momento, Vanderson utilizou o registro de atirador esportivo para comprar dois fuzis. Depois, encomendou mais 21 armas, usando os nomes da mulher dele, de vizinhos e até de pessoas que não conhecia, que tiveram documentos roubados.

Em nota, a Taurus disse que: “colabora plenamente com qualquer investigação sobre condutas criminosas, mas não fará comentários a respeito do caso, inclusive para não prejudicar o andamento”.

O delegado que investiga o caso confirmou que a empresa está colaborando para detectar a falha no sistema.

“A falha provavelmente está na comunicação da fabricante de armas, a Taurus, e o Exército. Uma verificação de documento, eles inauguraram um sistema há pouco tempo, mas nesse caso não foi efetivo ainda”, diz o delegado Milton Barbosa.

Segundo o delegado, o Exército confirmou para a polícia que a maior parte dos documentos usados na compra das armas é falsificada. Para o Jornal Hoje, o Exército também confirmou que a quadrilha usava documentos falsos.

O Exército afirmou ainda que é a polícia a responsável pelas investigações em casos de fraude ou ilegalidade na compra e venda de armas.

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G1

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