A Polícia Civil confirmou neste domingo (6) que o corpo encontrado no sábado (6) em um terreno em Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista, é do policial
Redação Publicado em 07/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h04
A Polícia Civil confirmou neste domingo (6) que o corpo encontrado no sábado (6) em um terreno em Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista, é do policial militar Leandro Martins Patrocínio, de 30 anos, que desapareceu há uma semana. O soldado da PM foi visto pela última vez no dia 29 de maio, saindo da Estação Sacomã do Metrô em direção à comunidade, sem uniforme.
A morte de Leandro foi confirmada à reportagem nesta manhã pela assessoria de imprensa do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. A 5ª Delegacia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas, do DHPP, que antes investigava o desaparecimento do soldado, passou a apurar o caso agora como assassinato.
De acordo com a investigação, Leandro teria sido sequestrado, torturado e morto por criminosos após ter sido identificado como policial pelos bandidos num baile funk dentro de Heliópolis. A causa da morte não foi informada, pois depende do resultado do laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML).
Em entrevista à GloboNews, o diretor do DHPP, Fábio Pinheiro Lopes, disse que os investigadores encontraram indícios de que o policial foi torturado.
“Ele teria ido até um bar e consumido 12 reais. O que consta é que alguns criminosos descobriram que ele era policial militar. Quando ele se preparava para ir embora da comunidade, ele foi arrebatado e levado até um sobrado. Ele foi torturado nesse sobrado, nós encontramos o relógio dele jogado dentro de um vaso sanitário e tinha manchas de sangue em algumas paredes”, disse o responsável pela investigação.
Ainda segundo o delegado, a motivação do crime ainda deve ser esclarecida.
“Agora a gente precisa saber a motivação, se foi porque acharam que ele estava fazendo alguma investigação interna ali dentro, ou se tiveram algum desentendimento com ele. Já temos 3 suspeitos, e a gente acredita que 5 no total praticaram o crime”, disse Lopes.
Os policiais identificaram três suspeitos pelo crime e pediram à Justiça a decretação da prisão temporária deles pelo período de 30 dias. Até a última atualização desta reportagem não havia a confirmação se a prisão foi decretada e nem se os investigados foram presos.
Na segunda-feira (31) as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM, havia matado um outro suspeito após suposta troca de tiros em Heliópolis durante as buscas pelo soldado. Três suspeitos que fugiram seriam os mesmos identificados pela investigação. Uma arma de fogo e duas mochilas com drogas foram apreendidas.
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G1
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