A Polícia Federal (PF) deu início na manhã desta segunda-feira (3) a segunda fase da Operação Tempestade, que investiga a prática de lavagem de dinheiro da
Redação Publicado em 03/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h57
A Polícia Federal (PF) deu início na manhã desta segunda-feira (3) a segunda fase da Operação Tempestade, que investiga a prática de lavagem de dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua dentro e fora de presídios de todo o país e até no exterior.
O esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado movimentou R$ 700 milhões nas contas dos investigados, segundo a PF, com base em dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Desde o início da manhã, a operação tentava cumprir 5 mandados de prisão (4 prisões preventivas e 1 temporária), além de 22 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo (capital, Tietê, Guarujá), Rio de Janeiro e Brasília.
Até por volta de 7h30, a polícia não havia informado quantos mandados já haviam sido cumpridos. As buscas estavam sendo feitas em residências, empresas e dois escritórios de advocacia.
A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 220 milhões e a interdição de atividade de um contador.
Essa ação é a segunda fase da operação Rei do Crime, que descobriu que cerca de 50 postos de uma rede de combustíveis foram usados para legalizar o dinheiro vindo do tráfico de drogas e beneficiar o PCC.
Armas localizadas pela PF de SP durante operação contra crime organizado — Foto: Divulgação PF
As investigações começaram após a delação premiada de Felipe Ramos Moraes, o piloto de helicóptero que transportou os criminosos Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, para uma emboscada que terminou com a morte deles, em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, em 2018. Os dois eram integrantes da facção criminosa.
Segundo a PF, a investigação possibilitou a identificação, a localização e o bloqueio do valor aproximado de R$ 30 milhões de reais. Foram identificados imóveis e veículos. Seis empresas foram interditadas por envolvimento no esquema criminoso.
A investigação apontou ainda um esquema de abertura de empresas fictícias, que eram utilizadas como “cortina de fumaça” para a realização de depósitos de valores em uma instituição financeira de “fachada”. O papel da instituição financeira era providenciar os saques dos valores e permitir a posterior entrega, em espécie, a terceiros com indícios de envolvimento em atividades ilícitas.
A investigação tramita na 6ª. Vara Criminal Federal de São Paulo, segunda fase da Operação Rei do Crime.
Balas e dinheiro apreendido na manhã desta segunda (3) durante operação contra facção criminosa que atua no país e exterior — Foto: Divulgação PF
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