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8 de Janeiro

Pesquisa revela que 89% dos brasileiros desaprovam invasões aos Três Poderes

Pesquisa revela que 9 em cada 10 brasileiros reporvam as invasões ocorridas em 8 de janeiro de 2023; 6% aprovam

Pesquisa revela que 89% dos brasileiros desaprovam invasões aos Três Poderes - Imagem: Reprodução | Agência Brasil
Pesquisa revela que 89% dos brasileiros desaprovam invasões aos Três Poderes - Imagem: Reprodução | Agência Brasil

Marina Milani Publicado em 07/01/2024, às 11h02


Uma pesquisa de opinião realizada pela empresa Quaest entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2023 revelou que 89% dos brasileiros desaprovam as invasões aos prédios dos Três Poderes ocorridas em 8 de janeiro do ano passado. Os atos, que resultaram em depredação do patrimônio público e prejuízo ao Erário, foram aprovados por apenas 6%, enquanto 4% não souberam ou não quiseram responder.

Os dados, tornados públicos neste domingo (07), mostram que a atitude de terrorismo em Brasília é rejeitada majoritariamente em todas as grandes regiões do país, por pessoas de diferentes níveis de escolaridade e renda familiar, tanto por eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A pesquisa revela a reprovação por 94% dos que declararam voto em Lula no segundo turno das eleições em 2022 e por 85% de quem declarou voto em Bolsonaro. Além disso, a maioria das pessoas em diferentes faixas de escolaridade e renda familiar rejeitam os atos, com destaque para 91% dos entrevistados no Nordeste.

A pesquisa também abordou a influência de Bolsonaro nos eventos de 8 de janeiro, com 47% dos entrevistados acreditando que ele teve algum tipo de influência, enquanto 43% acreditam que não. Dez por cento não souberam ou não quiseram responder.

Felipe Nunes, diretor da Quaest e cientista político, destaca a resistência da democracia brasileira diante da polarização e ressalta a importância de não contaminar o debate com cores partidárias, pois trata-se de um problema do Estado brasileiro, envolvendo a defesa das regras, da Constituição e da democracia. Ele enfatiza que o país não caiu na armadilha da politização da violência institucional, diferentemente do que ocorreu nos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.

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