Diário de São Paulo
Siga-nos

Operação identifica fraude em mais de 70 licitações de compra de armários para arquivos

A operação Arquivos Deslizantes, deflagrada nesta quinta-feira (14) em Catanduva (SP) e em outras regiões do Estado de São Paulo e Minas Gerais, identificou

Operação identifica fraude em mais de 70 licitações de compra de armários para arquivos
Operação identifica fraude em mais de 70 licitações de compra de armários para arquivos

Redação Publicado em 15/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 08h38


A operação Arquivos Deslizantes, deflagrada nesta quinta-feira (14) em Catanduva (SP) e em outras regiões do Estado de São Paulo e Minas Gerais, identificou mais de 70 licitações fraudadas para a compra de móveis para arquivo desde 2009. Um vereador de Catanduva foi preso e é considerado pelo Gaeco, grupo de ação do Ministério Público, como chefe da quadrilha.

Segundo as investigações, o valor das licitações giram em torno de R$ 100 mil e a fraude, no total, pode ser de R$ 8 milhões.

“As empresas recebiam informações de licitação em andamento e se ajustavam, com participação de servidores públicos e da figura que liderava a organização para que ajustassem propostas, orçamentos, e estabelecer critérios para dificultar a participação de empresas que não estivessem nos grupos”, afirma o promotor do Gaeco André Vitor Freitas.

Ao todo foram presas 19 pessoas, sendo sete na região de Catanduva, outras três em Jundiaí (SP) e uma em Várzea Paulista (SP), além de outras cidades. Todas as prisões são temporárias e foram expedidas pela Justiça de Limeira (SP), onde a investigação começou. Os envolvidos devem responder por organização criminosa e fraudes em licitação.

Prisão de vereador

O vereador Daniel Palmeira de Lima ainda estava de pijama quando os policiais chegaram. Ele está no sexto mandato e já foi presidente da Câmara. O vereador é suspeito de chefiar o esquema que fraudava licitações de compra de armários deslizantes.

Os armários foram comprados por prefeituras e Câmaras de várias cidades do Estado de São Paulo e também de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. As investigações começaram em 2016. Os policiais também apreenderam documentos e computadores no gabinete do vereador na Câmara.

Além do vereador o presidente da Associação Comercial e Industrial de Catanduva, Paulo Henrique Pacheco também foi preso suspeito de participar do esquema. Os policiais também estiveram em Tabapuã, na sede da empresa que fabricava os armários e recolheram documentos e computadores. Os advogados da empresa disseram que os atuais sócios nada tem a ver com o esquema. O advogado do vereador não foram encontrados pelo G1 para comentar o assunto.

Policiais na casa do vereador preso em Catanduva (Foto: Janaina de Paula/TV Tem)

Policiais na casa do vereador preso em Catanduva (Foto: Janaina de Paula/TV Tem)

Compartilhe  

últimas notícias