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Guaíba recua

Nível do Guaíba abaixo de 4 metros pela primeira vez em 19 dias

Após semanas, o nível do lago recua, permitindo que os moradores de Porto Alegre retornem às suas casas e enfrentem os danos

Funcionários do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) fazendo limpeza do Parque Pontal, em Porto Alegre, após o Rio Guaíba baixar - Imagem: Reprodução / Rafa Neddermeyer / Agência Brasil
Funcionários do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) fazendo limpeza do Parque Pontal, em Porto Alegre, após o Rio Guaíba baixar - Imagem: Reprodução / Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Sabrina Oliveira Publicado em 22/05/2024, às 09h14


Nesta quarta-feira (22), o nível do Guaíba em Porto Alegre registrou 3,92 metros, marcando a primeira vez em 19 dias que o lago ficou abaixo dos 4 metros, conforme dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA). O pico de 5,35 metros no início de maio resultou na pior enchente desde 1941, afetando milhares de moradores e causando extensos danos na cidade.

Os temporais que começaram no final de abril fizeram o Guaíba transbordar, inundando bairros e forçando a evacuação de muitos residentes. A Defesa Civil estadual relatou 161 mortes, 806 feridos, 82 desaparecidos e mais de 653 mil desabrigados em todo o Rio Grande do Sul.

As áreas mais pobres de Porto Alegre foram as mais afetadas, especialmente a Região das Ilhas, onde muitos buscaram abrigo improvisado sob a nova ponte do Guaíba. Bairros como Centro Histórico, Cidade Baixa e Menino Deus, que normalmente não sofrem com enchentes, também foram inundados. Diversos pontos turísticos e infraestruturas essenciais da capital, incluindo estádios de futebol, o Mercado Público, a estação rodoviária e o aeroporto, ficaram submersos.

Segundo o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, o nível do Guaíba deverá continuar a baixar lentamente, permanecendo acima da cota de inundação de 3 metros até meados de junho. O recuo da água está permitindo que os moradores retornem gradualmente às suas casas, enfrentando os danos materiais e a poluição deixada pela enchente - um desafio adicional para a saúde pública.

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