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Crime Cruel

Mulher que matou pais e irmão a sangue frio é condenada a mais de 85 anos

Mulher recebe sentença de mais de 85 anos por crimes no ABC Paulista

Justiça condena filha por planejar roubo e assassinato de parentes no ABC Paulista - Imagem: Reprodução / Jornal Nacional
Justiça condena filha por planejar roubo e assassinato de parentes no ABC Paulista - Imagem: Reprodução / Jornal Nacional

Sabrina Oliveira Publicado em 28/08/2024, às 10h18


Anaflávia Martins Gonçalves foi condenada a mais de 85 anos de prisão pelos crimes brutais cometidos contra seus próprios pais e irmão no ABC Paulista. A sentença foi proferida nesta terça-feira, após um longo julgamento no Fórum de Santo André, onde ela foi considerada culpada pelos assassinatos dos empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, e Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40 anos, seus pais, e do estudante Juan Victor Gonçalves, de 15 anos, seu irmão.

A decisão veio após o júri, composto por sete homens, votar majoritariamente pela condenação de Anaflávia. Os jurados entenderam que a ré teve participação direta nos crimes que ocorreram em janeiro de 2020. Além de homicídio doloso qualificado, ela foi condenada por roubo, ocultação de cadáver e associação criminosa.

A tragédia familiar chocou a comunidade quando, após um assalto malsucedido à residência dos Gonçalves, os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados dentro de um carro em uma área de mata em São Bernardo do Campo, cidade vizinha a Santo André. As investigações revelaram que Anaflávia, juntamente com sua namorada Carina Ramos de Abreu e outros três cúmplices, planejou o assalto que culminou nos assassinatos.

Durante o julgamento, Anaflávia confirmou sua participação no roubo, mas negou envolvimento nos assassinatos. Contudo, as evidências apresentadas, incluindo imagens de câmeras de segurança que captaram a movimentação do grupo no local dos crimes, foram suficientes para a condenação.

Este julgamento foi o segundo pelo qual Anaflávia passou. O primeiro, ocorrido em junho de 2023, foi anulado a pedido do Ministério Público, que argumentou que a decisão anterior tinha inocentado Anaflávia pelo assassinato de seu irmão, Juan Victor, enquanto a condenava apenas pelas mortes dos pais. Desta vez, a sentença incluiu todas as três vítimas.

Além de Anaflávia, outros quatro envolvidos no caso já haviam sido condenados anteriormente. Carina Ramos de Abreu, a namorada de Anaflávia, foi sentenciada a 74 anos de prisão, enquanto os irmãos Juliano e Jonathan Ramos, assim como Guilherme Silva, também receberam sentenças severas. O grupo foi acusado de planejar o roubo motivados pela crença de que havia uma grande quantia de dinheiro guardada na casa da família, o que nunca foi encontrado.

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