O Ministério Público denunciou neste sábado (18) a ex-diretora financeira da prefeitura de Jales, presa no mês passado durante a operação Farra do Tesouro da
Redação Publicado em 20/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h25
O Ministério Público denunciou neste sábado (18) a ex-diretora financeira da prefeitura de Jales, presa no mês passado durante a operação Farra do Tesouro da Polícia Federal. Segundo a denúncia, Érica Cristina Carpi Oliveira desviou dos cofres públicos quase R$ 1,7 milhão só nos últimos dois anos.
As investigações apontam que Érica usava cheques da prefeitura para pagar contas pessoais. Ela foi denunciada pelo MP por formação de organização criminosa, falsidade ideológica, peculato – quando funcionário público pratica crime contra a administração – e lavagem de dinheiro.
O MP também denunciou o marido dela, Roberto Santos Oliveira, a irmã Simone Paula Carpi Brandt e o cunhado Marlon Fernando Brandt Santos, todos pelos mesmos crimes de Érica. Além da ex-secretária de saúde, Patrícia Albarelo Ribeiro Oliveira, que segundo a denúncia assinou folhas de cheques em branco para Érica, vai responder por peculato.
A secretária de Saúde Maria Aparecida Martins, que foi exonerada depois da operação, chegou a ser presa, teve a prisão revogada, e não foi denunciada.
Desde o começo do mês, Érica cumpre pena domiciliar, autorizada pelo Tribunal de Justiça, pelo fato de ter filho menor de 12 anos. O marido dela, a irmã e o cunhado continuam presos.
O advogado deles, que também representa Érica, disse que não foi informado sobre a denúncia e por enquanto não vai se pronunciar sobre a denúncia. O advogado do marido de Érica disse que também não foi comunicado e reforçou que o cliente é inocente.
Embora na denúncia, o promotor cite o desvio de R$ 1,7 milhão, dos últimos dois anos, a estimativa da Polícia Federal é de o desvio alcance valores entre R$ 5 a R$ 10 milhões em dez anos. A TV TEM não conseguiu contato com os advogados da ex e atual secretárias de Saúde do município.
De acordo com a Polícia Federal , Cristiano Pádua da Silva, a família usou dinheiro público da educação, e principalmente da saúde, para bancar uma vida de luxo, como a construção de um rancho na zona rural de Jales.
Imagens de dentro do imóvel mostram que a “Estância Felicidade” conta com área gourmet, móveis e eletrodomésticos de luxo, piscina e palmeiras no jardim.
No primeiro depoimento à PF, Érica confirmou que fazia os desvios desde 2008. O dinheiro, segundo a polícia, ia direto para contas da ex-servidora e até para as empresas do marido, que abriu três lojas de roupas e calçados.
Além da prisão da família, a polícia lacrou os comércios, a chácara e apreendeu carros de luxo, sendo que um dos veículos havia sido comprado dias antes. Policiais à paisana flagraram Roberto na concessionária fechando o negócio.
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