Diário de São Paulo
Siga-nos
Crueldade

Morte do leão Nagan, magro e com larvas, levanta suspeitas em SP: "Comido vivo"

Ativistas protestaram em frente ao zoológico onde o animal estava

Nagan estava no zoológico desde 2015 - Imagem: reprodução Twitter @SouDePMW
Nagan estava no zoológico desde 2015 - Imagem: reprodução Twitter @SouDePMW

Manoela Cardozo Publicado em 24/01/2023, às 09h46


Ativistas dos direitos dos animais estão contestando a causa da morte do leão Nagan e acusando o zoológico municipal de Americana, no interior de São Paulo, de negligência e maus-tratos.

Segundo informações do Metrópoles, Nagan morreu no dia 31 de dezembro de 2022, aos 24 anos. No momento, o Parque Ecológico Municipal Engenheiro Cid Almeida Franco, onde o animal estava desde 2015, afirmou que o leão já tinha idade avançada e passaria por uma necropsia para descobrir o que acasionou a morte.

"A expectativa de vida em cativeiro, segundo especialistas, é de 20 anos. Ele estava sendo monitorado há alguns dias pela equipe de profissionais, recebendo medicamentos necessários, alimentação balanceada e específica diariamente", informou a nota da prefeitura.

Já nas redes sociais, vários ativistas compartilharam fotos que mostram Nagan magro e visivelmente debilitado, contestando a versão oficial de que o animal tenha morrido de velhice.

O Grupo de Proteção Animal de Americana fez um protesto em frente ao zoológico no dia 08 de janeiro.

O mesmo grupo chegou até mesmo a acionar o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para acompanhar a necropsia de Nagan, que foi realizada no dia seguinte.

De acordo com o informado pelos ativistas, o leão tinha uma enorme quantidade de larva e apresentava tumores visíveis.

Priscilla Sarti, veterinária presente na necropsia, publicou que Nagan teria sido comido vivo: "Nagan teve a cara toda comida por bicheiras, incontáveis furos feitos pelas larvas de moscas, musculatura do pescoço visível, tumor no lábio e no pescoço visíveis. Visível para qualquer leigo saber que sentia dor".

O laudo do exame ainda não foi publicamente divulgado.

Compartilhe  

últimas notícias