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Crime

Médico é processado por usar próprio esperma para inseminação artificial

Mulher descobre que é filha do médico após exame genético

Médico é processado por usar próprio esperma para inseminação artificial - Imagem: Reprodução/ O Globo
Médico é processado por usar próprio esperma para inseminação artificial - Imagem: Reprodução/ O Globo

Gabrielly Bento Publicado em 27/10/2023, às 18h49


Uma mulher de Idaho, Estados Unidos, está processando seu ex-ginecologista por usar seu próprio esperma para inseminá-la há 34 anos.

Sharon Hayes, de 67 anos, procurou o médico David R. Claypool em 1989, depois de ela e seu então marido não conseguirem ter filhos. Claypool, obstetra e ginecologista, prometeu usar esperma de um doador anônimo, mas a mulher descobriu, 34 anos depois, que o médico havia usado seu próprio esperma.

Segundo a acusação registrada no Tribunal Superior do Condado de Spokane, o médico indicou que a seleção do fornecedor se daria com base nas características que a mulher havia escolhido.

A filha da mulher, Brianna Hayes, descobriu a verdade por acaso, quando fez um exame genético para descobrir a origem de seus ancestrais. O exame revelou o parentesco com o médico, Claypool.

Segundo o site O Globo, Brianna estava em busca de dados genéticos para compreender questões de saúde familiar, incluindo um episódio de leucemia durante sua infância. Por meio desse processo, ela descobriu que seu pai biológico era, de fato, o médico responsável pela inseminação de sua mãe.

“Tem sido uma crise de identidade, com certeza. Isso esteve escondido de mim durante toda a minha vida. Fiquei traumatizada por minha mãe, e o fato de ser produto de suas ações é desanimador”, disse Brianna Hayes.

Também foram identificados mais 16 meios-irmãos, o que sugere que Claypool poderia ter cometido o mesmo delito diversas vezes.

O médico afirmou ao The Seattle Times que encerrou suas atividades profissionais em 2005 e não está a par das acusações, tampouco tem qualquer conhecimento sobre Sharon Hayes. Seu advogado, Dalton Hayes, informa que o caso estava em processo de mediação.

A mulher está processando o médico por fraude, falha na obtenção de consentimento, negligência médica e violação da proteção ao consumidor.

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