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Polêmica

Luciano Hang tem contas no Instagram e Facebook suspensas; saiba o motivo

O acesso aos perfis estão bloqueados para os usuários de qualquer localidade

Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan - Imagem: Reprodução/Facebook
Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan - Imagem: Reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 24/08/2022, às 10h39


O empresário Luciano Hang, 59, teve seus perfis nas redes Facebook e Instagram suspensos na última terça-feira (23).

O fundador da Havan e outros empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram alvos de uma operação da Polícia Federal, após defenderem a realização de um golpe de Estado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Bolsonaro nas eleições presidenciais, em outubro.

Por causa disso, a corporação emitiu mandados de busca contra os empresários envolvidos no esquema.

Em um comunicado, o Instagram afirmou que a conta de Luciano Hang foi suspensa após a plataforma receber “uma solicitação legal para restringir o conteúdo”.

“Nós o analisamos (o perfil) em relação às nossas políticas e realizamos uma avaliação legal e de direitos humanos. Após a análise, restringimos o acesso ao conteúdo na localização em que ele vai contra a lei local", declarou a plataforma.

O perfil oficial do empresário ainda pode ser encontrado nas ferramentas de busca da rede social, mas o acesso a ele está restrito e mostra a seguinte mensagem: “Este perfil não está disponível na sua região”.

Já o Facebook ainda não apresentou seu posicionamento em relação à suspensão na conta de Hang.

Recentemente, Luciano Hang recorreu ao usou o Twitter para reclamar sobre o bloqueio do perfil e afirmou: “vivemos momentos sombrios, mas vamos vencer”.

Investigação

Luciano Hang declarou que ficou surpreso ao ser avisado de que havia se tornado alvo de uma operação da Polícia Federal. Em nota à imprensa, ele afirmou estar “tranquilo” e que nunca “falou de golpe''.

“Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político, prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros”, escreveu.

A operação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados foram cumpridos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Além de Luciano Hang, os outros alvos são: Afrânio Barreira Filho, proprietário da rede Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da rede de shopping Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping; Meyer Nirgri, da Tecnisa; André Tissot, empresário do Grupo Serra; e Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii.

A investigação começou depois que a coluna do jornalista Guilherme Amado divulgou mensagens vindas de um grupo de WhatsApp onde empresários, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), cogitaram fazer contra o golpe ao ex-presidente Lula (PT), caso ele seja eleito presidente.

Hang explicou que participa de grupo de 250 empresários de diversas correntes e que cada um tem seu ponto de vista. "Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu NUNCA, em momento algum, falei sobre Golpe ou sobre STF."

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