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Justiça determina prisão de suspeito de incendiar estátua do Borba Gato

A Justiça de São Paulo determinou a prisão temporária de Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, por suspeita de participar do incêndio

Justiça determina prisão de suspeito de incendiar estátua do Borba Gato
Justiça determina prisão de suspeito de incendiar estátua do Borba Gato

Redação Publicado em 28/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h28


Esposa também teve prisão temporária decretada, mas defesa diz que ela não participou de ato. Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territórios no interior do país e capturaram e escravizaram indígenas e negros.

A Justiça de São Paulo determinou a prisão temporária de Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, por suspeita de participar do incêndio à estátua do Borba Gato, em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, no último sábado (24). A prisão foi anunciada pouco depois de ele se apresentar à delegacia e afirmar que participou do ato com objetivo de abrir o debate sobre o bandeirante Borba Gato.

Gessica de Paula da Silva Barbosa, esposa de Paulo, também teve a prisão temporária determinada, mas segundo a defesa, ela não participou do ato em frente à estátua. A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do casal.

“Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, afirmou Paulo.

Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territórios no interior do país e capturaram e escravizaram indígenas e negros.

Segundo historiadores, muitos mataram índios em confrontos que acabaram por dizimar etnias. Também estupraram e traficaram mulheres indígenas, além de roubar minas de metais preciosos nos arredores das aldeias, conforme o livro “Vida e Morte do Bandeirante”, de Alcântara Machado.

Além de Paulo, Danilo Oliveira também compareceu à delegacia de forma espontânea e assumiu sua participação no ato, mas não há pedido de prisão contra ele.

No domingo (25), a Justiça concedeu liberdade provisória para outro homem suspeito de envolvimento no incêndio. O suspeito teria dirigido o caminhão, que foi identificado e apreendido pelos policiais. Ele responde pelo crime de associação criminosa e por causar incêndio, expondo a perigo o patrimônio de outra pessoa. O homem também é acusado de ter adulterado a placa do caminhão usado na ação.

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G1

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