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Bizarro!

Homem esconde da esposa que é HIV positivo e mulher sofre consequência trágica

O marido foi condenado na Justiça pela negligência com a saúde da companheira

Tribunal concluiu que se o homem tivesse contado a verdade, a esposa poderia ter buscado ajuda a tempo - Imagem: Freepik
Tribunal concluiu que se o homem tivesse contado a verdade, a esposa poderia ter buscado ajuda a tempo - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 20/09/2022, às 14h45


Um homem foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Araranguá (SC) pelo crime de homicídio contra a própria esposa após lhe transmitir o HIV.

O caso foi divulgado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na última segunda-feira (19).

De acordo com a denúncia, o réu assumiu o risco de matar a esposa ao deixar de informar que ele era soropositivo, o que a impediu de procurar o tratamento adequado.

Ele deverá cumprir pena de 12 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, informou a NSC TV, afiliada da Rede Globo em Santa Catarina.

Os nomes do réu e da vítima não foram revelados pelas autoridades.

Por outro lado, o MPSC afirmou que o homem não foi denunciado pelo crime de feminicídio porque, na época em que o delito ocorreu, não havia sido aprovada a lei que prevê a qualificadora.

Na sentença, a Justiça concedeu a possibilidade de o réu recorrer em liberdade, pois permaneceu solto durante o processo.

As autoridades entenderam que o réu sabia desde 2003 que era HIV positivo e, mesmo assim, manteve relações desprotegidas com a esposa por anos.

Ao saber que a mulher teria contraído o HIV, ele se manteve calado e não a incentivou a buscar o tratamento adequado.

Durante o processo, um perito médico legal informou que a vítima foi levada ao hospital apresentando um quadro grave de saúde.

A vítima recebeu atendimento médico, e chegou a ficar internada no Hospital Regional de Araranguá por 10 dias, mas somente durante a internação se descobriu que ela havia sido infectada.

Mesmo com os cuidados médicos, o quadro de saúde da mulher se agravou e ela morreu no hospital três dias depois da confirmação do diagnóstico.

O tribunal concluiu que se a vítima, se estivesse ciente, poderia ter iniciado o tratamento para tratar o HIV com antecedência.

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