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Quem matou?

Caso Marielle Franco ganha novos desdobramentos após delação premiada imposta por Dino

Delação de ex-PM Élcio Queiroz aponta participação de Ronnie Lessa no atentado

Flavio Dino e Marielle Franco. - Imagem: Reprodução/ FÁTIMA MEIRA | Reprodução / Redes sociais
Flavio Dino e Marielle Franco. - Imagem: Reprodução/ FÁTIMA MEIRA | Reprodução / Redes sociais

Marina Roveda Publicado em 25/07/2023, às 08h38


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, trouxe informações importantes sobre a operação realizada no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (24). A ação teve como base uma delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. De acordo com o ministro, Élcio confessou que foi o motorista do carro usado no atentado, enquanto Ronnie Lessa – que nega a participação – foi o responsável pelos disparos. Além disso, a delação apontou outros nomes envolvidos no planejamento do crime, incluindo o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como "Suel", que foi preso novamente.

A operação, conduzida em conjunto pelas polícias, permitiu uma maior união nas investigações. A delação de Élcio trouxe novas provas e esperanças para o esclarecimento do caso. Dino ressaltou que o crime tem ligações com as milícias, mas ainda é preciso descobrir até que ponto. A ação realizada foi de enorme importância, fruto de muito trabalho, e representa uma resposta do Estado brasileiro diante do crime ocorrido.

“Nós respeitamos todas as investigações ocorridas, mas essa operação com as polícias permitiu mais união. Esse elemento é decisivo. Com a colheita de novas provas, ocorreu a delação premiada do Élcio, que abre nova esperança. E acrescenta essa participação decisiva de Maxwell“, afirmou Dino. “É indiscutível que o crime tem a ver com as milícias, mas até onde vai isso, não sabemos”, disse o ministro. “É um evento de enorme importância o que ocorreu hoje, fruto de muito trabalho, com a delação premiada, novos personagens, confirmação do crime e seus executores. É uma resposta que o Estado brasileiro dá.”

Conforme as investigações, Maxwell Simões Corrêa também teria auxiliado Ronnie Lessa a descartar as armas utilizadas no crime no mar. O assassinato de Marielle e Anderson completou cinco anos recentemente, mas até o momento, ainda não há clareza sobre os mandantes e a motivação do crime. Os acusados, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, estão presos desde 2019 e aguardam julgamento pelo Tribunal do Júri.

Com as novas evidências surgindo a partir da delação premiada, a expectativa é que o caso avance e traga mais luz sobre a identificação dos mandantes e esclareça as circunstâncias que envolvem esse trágico episódio.

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