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Caso Marielle Franco

Caso de Marielle Franco finalmente chega ao fim; suspeito influenciou na campanha de Dilma Rousseff

Ex-policial militar, Ronnie Lessa, aponta Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, como mandante do assassinato de Marielle Franco em delação premiada

Domingos Brazão - Imagem: Reprodução / TV Globo | Reprodução / Twitter
Domingos Brazão - Imagem: Reprodução / TV Globo | Reprodução / Twitter

Marina Milani Publicado em 24/01/2024, às 07h16


Ronnie Lessa, ex-policial militar envolvido no caso Marielle Franco, fechou um acordo de delação premiada, revelando informações cruciais sobre o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Durante a delação nesta terça-feira (23), Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foi apontado como mandante do crime.

Domingos Brazão, com 25 anos de trajetória política, já ocupou cargos como vereador e deputado estadual por cinco mandatos consecutivos, entre 1999 e 2015. Atualmente no TCE-RJ, seu nome já esteve associado a processos judiciais, suspeitas de corrupção, fraude e, agora, ao caso Marielle Franco.

Anteriormente, Élcio de Queiroz, outro ex-policial envolvido no caso, já havia delatado Brazão. O conselheiro foi apontado como suspeito de enviar uma testemunha falsa para prejudicar as investigações e relacionado ao grupo conhecido como Escritório do Crime, implicado na morte da vereadora.

Há especulações sobre a possibilidade de Lessa ter citado o nome de Brazão na delação devido ao foro privilegiado do conselheiro, uma vez que a delação está sob análise do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Domingos Brazão negou veementemente qualquer envolvimento no assassinato de Marielle Franco em entrevista ao Metrópoles. Ele afirmou não conhecer Lessa, Élcio ou a própria Marielle, além de negar qualquer relação com milicianos. Brazão declarou não temer a investigação, sugerindo que seu nome pode ser parte de uma estratégia dos executores do crime para proteger alguém.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, anteriormente associado ao caso Marielle, comentou sobre o apontamento de Domingos Brazão como mandante do crime, indicando o fim da narrativa criada pela imprensa e militância de esquerda em torno do caso.

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