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Tarcísio revela se irá acatar proposta de Nunes sobre tarifa zero no transporte de SP

Ricardo Nunes anunciou, na quinta-feira (23), sua intenção de instituir a isenção de tarifas zerar tarifas no Metrô e na CPTM aos domingos ou durante a noite, a partir de dezembro

Ricardo Nunes e Tarcisio de Freitas. - Imagem: Divulgação / Gov.SP
Ricardo Nunes e Tarcisio de Freitas. - Imagem: Divulgação / Gov.SP

Marina Roveda Publicado em 27/11/2023, às 08h15


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestou-se veementemente contra a proposta de tarifa zero no transporte público, apresentada pelo prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB). Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Freitas afirmou ser "absolutamente contra" a iniciativa e questionou a viabilidade financeira da proposta.

O prefeito Ricardo Nunes planeja implementar a tarifa zero nos ônibus da cidade aos domingos ou nos finais de semana a partir do próximo mês de dezembro. No entanto, essa ideia enfrenta resistência por parte do governo estadual.

Para Tarcísio de Freitas, bancar a proposta de tarifa zero demandaria retirar recursos de outras políticas públicas para financiar o sistema de transporte. Ele destacou a complexidade da operação, especialmente considerando o Metrô e a CPTM, cujas estruturas de custos são distintas dos ônibus municipais.

"Sou contra. Absolutamente contra. Não consigo ver viabilidade em você colocar o sistema que tem 8 milhões e 300 mil passageiros com tarifa zero. Que tem estrutura de custos completamente diferentes. Alguém já apresentou de fato a conta de quanto vai ser o subsídio? É hoje esse valor. Com a catraca livre vai ser mais...", argumentou o governador.

O prefeito Nunes, por sua vez, justifica a proposta como uma medida para impulsionar a economia da cidade durante o período de festas de final de ano. Ele pretende iniciar o processo com a gratuidade aos domingos ou no período noturno, como uma fase de testes para uma possível implementação da tarifa zero durante os dias úteis.

Ricardo Nunes já está em conversas com o relator do orçamento de 2024 na Câmara Municipal para incluir uma rubrica de R$ 400 a R$ 500 milhões no orçamento, especificamente destinada a cobrir os custos da nova gratuidade no transporte público. Este valor seria adicional aos R$ 5,1 bilhões já previstos para subsidiar as empresas de ônibus no próximo ano.

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