Conectados por meio de fóruns na web, o grupo de jovens se reuniu e explorou as falhas de segurança presentes nos sites oficiais
Marina Roveda Publicado em 25/09/2023, às 07h31
Um adolescente de 14 anos é suspeito de liderar um grupo que comercializava mais de 20 milhões de logins e senhas de instituições como a Justiça e as principais polícias do Brasil. A investigação começou após uma operação policial que levou à casa de outro adolescente de 17 anos, localizado em Bady Bassitt, São Paulo.
Segundo as investigações, o adolescente de 17 anos estava logado no sistema da Polícia Civil de São Paulo e conseguiu alimentar o sistema com informações falsas de um boletim de ocorrência diretamente de seu computador. Devido à sua idade, ele será identificado como Adolescente A.
O momento da chegada da polícia à casa do Adolescente A foi gravado por um integrante da quadrilha e compartilhado em uma rede social. No entanto, esse integrante acabou sendo preso quatro dias depois.
Além disso, um jovem de 18 anos conhecido como Fusaao também foi preso por envolvimento com a quadrilha. Ele teria feito alterações no sistema para ocultar sua ficha criminal e é conhecido na internet pelo apelido Fusaao.
A investigação revelou que os jovens se conheceram em comunidades de jogos no Discord, um aplicativo de mensagens popular entre os jovens. A quadrilha utilizava servidores privados em nuvem para armazenar informações, tornando o rastreamento mais difícil.
Os líderes do grupo eram localizados em diferentes cidades, incluindo Jaciara (MT), Blumenau (SC) e Curitiba. O adolescente de 14 anos, chamado Adolescente B, afirmou ser responsável pela criação do programa de computador que permitia o acesso a sites públicos e privados.
O grupo tinha acesso a sites de várias instituições, incluindo a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Exército e Tribunal de Justiça de São Paulo. A investigação apontou que esses acessos eram vendidos, com preços variando de R$ 200 a R$ 1.000.
O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que os pais devem vigiar a conduta dos filhos, e a negligência pode resultar em multas.
No entanto, é importante destacar que a responsabilidade dos pais pela ação dos filhos não se aplica apenas a situações criminais, mas também abrange ações que podem causar danos ou prejuízos a terceiros.
A plataforma Discord declarou que adota uma abordagem de tolerância zero em relação a atividades ilegais e toma medidas para remover conteúdo e colaborar com as autoridades quando necessário.
Além disso, a Polícia Federal prendeu um hacker em Campo Grande (MS) que agia sozinho e tentou influenciar decisões judiciais alterando documentos nos sistemas do Tribunal Regional Federal da Terceira Região (TRF-3). Esse hacker também tentou transferir dinheiro de contas judiciais para contas controladas por ele. Ele já foi condenado a nove anos de prisão e estava foragido desde 2021.
As instituições mencionadas na matéria destacaram que seus sistemas estão preservados, não foram invadidos e que investem constantemente em segurança cibernética.
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