Mesmo com avanços, muitas cidades continuam sem nenhuma vereadora eleita
Sabrina Oliveira Publicado em 21/10/2024, às 09h00
Apesar de avanços pontuais, a participação feminina nas Câmaras Municipais de São Paulo ainda está longe de refletir a composição do eleitorado. Nas eleições de 2024, 78 cidades do estado não elegeram nenhuma vereadora, o que representa 12% dos 645 municípios paulistas. Embora o cenário mostre uma leve melhora em relação ao pleito de 2020, quando 101 cidades ficaram sem mulheres no Legislativo, o número atual ainda indica uma barreira significativa para a representatividade.
Regiões importantes, como Bauru, Sorocaba, São José do Rio Preto e Itapetininga, concentraram parte desses municípios sem presença feminina. Na região de Bauru, por exemplo, 14 cidades, incluindo a própria capital regional, não elegeram nenhuma mulher para ocupar as cadeiras legislativas no próximo mandato. Em Itapetininga, seis cidades também ficaram sem representantes femininas, e a situação é semelhante em outras partes do estado.
O contraste entre o eleitorado e a representatividade é evidente. Mesmo sendo maioria no eleitorado paulista — com 53% dos votos —, as mulheres ainda encontram dificuldade para conquistar espaço na política municipal. Em Sorocaba, a cidade de Jarinu teve 79 mulheres candidatas às 13 cadeiras disponíveis na Câmara, mas nenhuma delas foi eleita.
Outro exemplo é o município de Bauru, que estará completamente sem vereadoras entre 2025 e 2028, apesar do aumento no número de candidaturas femininas nos últimos anos. Esse fenômeno evidencia que o aumento na quantidade de candidatas nem sempre se traduz em efetiva representatividade.
O número de vereadores por cidade é definido pela Lei Orgânica do município, com base na população, e a Constituição Federal estabelece um mínimo de nove cadeiras. No entanto, a distribuição dessas cadeiras ainda revela a dificuldade de inclusão de mulheres na política local, um reflexo de obstáculos estruturais e culturais que ainda precisam ser superados.
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