Diário de São Paulo
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PREJUÍZO

Bares e restaurantes de São Paulo são prejudicados por falta de energia

Cerca de 46,8% relataram perdas relataram perdas

Estima-se que 15% dos bares e restaurantes estão sem energia. - Imagem: Reprodução | TV Globo
Estima-se que 15% dos bares e restaurantes estão sem energia. - Imagem: Reprodução | TV Globo

Marina Roveda Publicado em 07/11/2023, às 09h08


O setor de alimentação fora do lar (AFL) em São Paulo enfrentou prejuízos significativos devido ao apagão resultante do forte temporal que atingiu a região. De acordo com a Abrasel-SP (Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo), 46,8% dos donos de bares e restaurantes tiveram perdas de leves a moderadas.

A tempestade que ocorreu na última sexta-feira derrubou árvores e interrompeu o fornecimento de energia a milhões de pessoas na capital e na região metropolitana de São Paulo. Até 72 horas após o evento, cerca de 15% dos estabelecimentos que tiveram o fornecimento interrompido ainda estavam sem energia elétrica na cidade de São Paulo e em 24 municípios do estado.

Para muitos bares e restaurantes, a falta de energia resultou em prejuízos significativos, incluindo a perda de produtos devido à falta de refrigeração e a impossibilidade de abrir as portas. Além disso, o setor também sofreu danos indiretos devido à diminuição do movimento, especialmente em um final de semana que seria movimentado devido a um feriado prolongado e à rodada de Fórmula 1 na cidade.

A demora da Enel Distribuição São Paulo em restaurar o fornecimento de energia foi uma das principais preocupações dos comerciantes. Quase metade deles considerou a resposta da companhia insatisfatória, e 23,4% afirmaram que a empresa levou mais de 24 horas para restabelecer a energia.

A Abrasel-SP está considerando entrar com uma ação na justiça contra a Enel, a prefeitura da capital e o estado de São Paulo em nome dos comerciantes prejudicados. Eles buscam não apenas o ressarcimento pelos danos sofridos, mas também medidas para evitar que eventos semelhantes ocorram no futuro.

Um dos fatores que contribuíram para a demora na restauração do fornecimento de energia, de acordo com a associação, é a privatização da empresa de distribuição de eletricidade (antiga Eletropaulo), que levou à redução do número de funcionários e, consequentemente, à falta de pessoal para manutenção da rede e atendimento de situações de crise. Essa situação destacou a preocupação de alguns sobre a privatização de empresas de serviços essenciais, como eletricidade e água, e seus potenciais impactos na qualidade e confiabilidade do serviço.

A demora no restabelecimento do sistema de distribuição de energia expôs questões importantes sobre a gestão de serviços públicos e a necessidade de garantir que infraestruturas críticas sejam mantidas e preparadas para lidar com eventos climáticos extremos. Além disso, o setor de AFL em São Paulo enfrenta desafios adicionais devido a essas interrupções de energia, destacando a importância da preparação e resiliência das empresas em face de situações de crise.

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